(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 6 de setembro de 2023 às 18h18.
Última atualização em 6 de setembro de 2023 às 20h08.
Há meses, uma corrida por um ETF de bitcoin à vista foi iniciada pela BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo com US$ 8,5 trilhões sob gestão. Especialistas apontam que uma aprovação pode gerar US$ 150 bilhões para o setor de criptomoedas. No entanto, a oportunidade não se resume apenas ao bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, segundo a Bernstein.
“A oportunidade do ETF cripto não se limitará apenas ao bitcoin, mas se estenderá a vários criptoativos”, escreveram analistas da Bernstein liderados por Gautam Chhugani.
Ainda inédito no país, o ETF de bitcoin à vista pode representar uma nova forma interessante de obter exposição à criptomoeda para investidores. No entanto, as solicitações ainda estão na fila de análise da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) que até o momento aprovou apenas ETFs de futuros de bitcoin e possui em seu comando uma personalidade que gera bastante controvérsia entre especialistas e executivos do mercado cripto por sua “mão de ferro” ao tratar do tema.
Segundo o banco JPMorgan, a SEC precisará aprovar um ETF à vista de bitcoin para evitar “passar vergonha”. Já o ex-presidente da autarquia, Jay Clayton, acredita que a aprovação é “inevitável”.
Assim como eles, a Bernstein acredita em uma aprovação do ETF de bitcoin à vista em algum momento. Para os especialistas da gestora de US$ 3 trilhões, isso deve ocorrer entre meados de outubro deste ano e março do ano que vem e todas as solicitações, como a da BlackRock, Ark Invest e Grayscale, devem ser aceitas ao mesmo tempo.
Dessa forma, na esteira da aprovação do ETF de bitcoin à vista, outras criptomoedas como o ether, a segunda maior do mundo em valor de mercado, podem entrar no radar.
“O impulso da indústria por um ETF à vista de ether segue imediatamente depois, visto que o ether também tem uma estrutura de mercado semelhante de um mercado futuro negociado de CME e um mercado à vista”, escreveram os analistas em um relatório da Bernstein.
A Ark Invest, uma das primeiras na fila de avaliação com sua solicitação de ETF de bitcoin à vista, também foi a primeira a solicitar autorização para um ETF de ether à vista nesta quarta-feira, 6. A Ark Invest é comandada por Cathie Wood, megainvestidora famosa em Wall Street por ter acertado a alta da Tesla. Agora, ela está otimista com o preço do bitcoin, que acredita que pode chegar a US$ 1 milhão até 2030.
Além do ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, outras criptomoedas podem se destacar quando o assunto é um ETF cripto nos EUA. No relatório, os especialistas da Bernstein também citaram Solana, que recentemente foi classificada pela CoinShares como a “mais amada entre investidores”, Polygon e ativos de finanças descentralizadas (DeFi).
Segundo a gestora, esta é uma oportunidade comercial “enorme” de geração de receita através de taxas em produtos financeiros de uma classe de ativos “em expansão”.
“A forte atuação nos tribunais [Ripple e Grayscale em dois meses], melhores chances de [aprovação de] ETF e o interesse institucional progressivo, estão posicionando cripto para um ciclo liderado por capital sem precedentes, ao contrário dos ciclos de alta liderados pelo varejo do passado”, acrescentou o relatório.
No Brasil, por outro lado, já existem ETFs de criptoativos do mercado à vista com exposição ao bitcoin, ether e até mesmo ao metaverso. O HASH11 foi o primeiro deles e ainda é um dos mais lucrativos do mercado.
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