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Olga Tokarczuk e Peter Handke ganham Prêmio Nobel de Literatura

Nesta edição foram anunciados excepcionalmente dois prêmios de Literatura, por 2018 e 2019, já que no ano passado a honraria não foi concedida

Nobel de Literatura: austríaco Peter Handke foi o ganhador da edição de 2019 e escritora polonesa Olga Tokarczuk foi a vencedora do prêmio de 2018 (Getty Images/Wikimedia Commons)

Nobel de Literatura: austríaco Peter Handke foi o ganhador da edição de 2019 e escritora polonesa Olga Tokarczuk foi a vencedora do prêmio de 2018 (Getty Images/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 09h14.

Copenhague — A escritora polonesa Olga Tokarczuk foi anunciada pela Academia Sueca nesta quinta-feira como vencedora do prêmio Nobel de Literatura de 2018, enquanto o austríaco Peter Handke foi o ganhador da edição de 2019.

Tokarczuk, de 57 anos e uma das favoritas na disputa, receberá o prêmio em reconhecimento à imaginação "narrativa que, com paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como uma forma de vida".

A estreia da polonesa como escritora de ficção foi em 1993, com "Podróz ludzi Ksiegi" ("A jornada do povo do livro", em tradução livre), mas a fama veio com o terceiro romance, "Prawiek i inne czasy" ("Primitivo e Outros Tempos"), de 1996. Segundo a Academia, sua obra é um "excelente exemplo da nova literatura polonesa depois de 1989".

Handke, de 76 anos e que já aparecia nas apostas ao prêmio há alguns anos, foi agraciado pelo engenho "linguístico com o qual explorou a periferia e a especificidade da experiência humana".

O primeiro romance do austríaco, "Die Hornissen" ("As vespas") foi publicado em 1966 e, junto à peça de teatro "Offending the Audience" ("Ofendendo o público") deixou uma marca na cena literária.

Mais de 50 anos depois, depois de ter produzido um grande número de obras de diferentes gêneros, Handke tem se consolidado, segundo a Academia, "como um dos escritores mais influentes da Europa depois da Segunda Guerra Mundial".

Nesta edição foram anunciados excepcionalmente dois prêmios de Literatura, por 2018 e 2019, já que no ano passado a honraria não foi concedida devido ao escândalo de denúncias de abuso sexual que comprometeu a Academia Sueca.

A crise impulsionou uma renovação dos membros, uma reforma dos estatutos e procedimentos de seleção e a inclusão de figuras externas no comitê que elege o premiado.

Em fevereiro deste ano foi elaborada uma primeira lista de até 200 candidatos. Na sequência, foram selecionados oito finalistas. Meses depois, o anúncio dos premiados.

Os anúncios do Nobel de Literatura seguem os de Medicina, Física e Química, que começaram a ser anunciados desde o início da semana. Na sexta-feira será divulgado o vencedor do Nobel da Paz e, na segunda-feira, o ganhador do prêmio de Economia.

Os prêmios serão entregues no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel, em uma cerimônia na Sala de Concertos de Estocolmo. O Nobel da Paz será entregue na Câmara Municipal de Oslo, o único que fora da Suécia, por desejo de Nobel, já que a Noruega fazia parte do Reino da Suécia na sua época.

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