Os planos da dona do Botafogo para entrar na bolsa de valores de NY
A Eagle Football anunciou a captação de R$ 232 milhões em uma rodada de investimentos que faz parte de um pacote maior, que totalizará R$ 581 milhões
Redator na Exame
Publicado em 22 de novembro de 2024 às 07h41.
A Eagle Football, empresa multi-clubes de John Textor, controlador da SAF do Botafogo, anunciou acaptação de R$ 232 milhões (US$ 40 milhões) em uma rodada de investimentos liderada pela UCEA Capital Partners, uma companhia de finanças. A iniciativa faz parte de um pacote maior, que totalizará R$ 581 milhões (US$ 100 milhões), com mais R$ 348 milhões (US$ 60 milhões) previstos para serem captados junto a outros investidores e parceiros, segundo informações do Globo Esporte.
O investimento é parte do plano estratégico da Eagle Football para entrar na bolsa de valores de Nova York, com previsão de estreia no mercado de capitais no primeiro trimestre de 2025. A operação tem como objetivo fortalecer a estrutura financeira da empresa e gerar capital de giro para os clubes da rede, que inclui, além do Botafogo, o Lyon, da França, e o RWD Molenbeek, da Bélgica.
Impacto para os clubes da rede
O financiamento pré-IPO permitirá não apenas a recapitalização da Eagle Football, mas também a melhoria das operações no curto prazo dos clubes que integram o portfólio de John Textor. A estratégia, segundo o empresário, visa alinhar os interesses esportivos e financeiros, colocando a Eagle em posição de destaque no mercado global.
“A Eagle Football chegou em um importante ponto de inflexão, e essa fusão nos traz um passo à frente das nossas intenções do IPO. Estamos orgulhosos de ter um investidor tão respeitado conosco porque executamos estratégias para complementar nossa rede global de clubes”, declarou Textor em comunicado oficial.
Modelo de negócios inovador
A UCEA Capital Partners destacou o caráter inovador da Eagle Football. João Teixeira, proprietário da empresa de finanças, enalteceu a visão disruptiva de Textor no segmento esportivo.
“Por vezes classificada apenas como uma organização de futebol, nós avaliamos a Eagle Football também como uma empresa de entretenimento e tecnologia que possui uma estratégia de negócios. Essa é uma abordagem inovadora e disruptiva no mundo do futebol e estamos animados em dar suporte no próximo passo da empresa”, afirmou Teixeira.
Com a entrada na bolsa de Nova York, prevista para 2025, a Eagle Football busca se consolidar como um modelo de negócios único, que combina esporte, entretenimento e tecnologia. A estratégia inclui a expansão da rede de clubes e o fortalecimento das operações, alinhando a visão esportiva de longo prazo à busca por investidores globais.