Em 2024, a temporada do Championship Tour (CT) está programada para iniciar em 29 de janeiro (WSL/Divulgação)
Repórter da Home e Esportes
Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 16h46.
Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 17h21.
Gabriel Medina, Adriano de Souza, Ítalo Ferreira e Filipe Toledo. Esses surfistas não só representam o talento brasileiro no surfe mas também protagonizam a façanha de conquistar — ao todo — sete títulos mundiais na última década. O feito ultrapassa dinastias de esportes tradicionais no país, como futebol e vôlei, e aumenta as expectativas em torno dos atletas para manterem o país no topo.
Em 2024, a temporada do Championship Tour (CT) começou nesta segunda-feira, 29, em Pipeline, no Havaí, e irá encerrar em setembro, em Trestles, na Califórnia, com o WSL Finals.
Serão três brasileiros campeões mundiais concorrendo ao título: Gabriel Medina (tricampeão do mundo em 2014, 2018 e 2021), Ítalo Ferreira (campeão em 2019) e Filipe Toledo (bicampeão em 2022 e 2023). Além deles, buscarão o primeiro título os brasileiros João Chianca, Yago Dora, Caio Ibelli, Deivid Silva e os irmãos Samuel e Miguel Pupo. Tatiana Weston-Webb e Luana Silva também almejam buscar o primeiro título mundial feminino.
Depois de Pipeline, o CT passará por Sunset Beach (Havaí), Supertubos (Portugal), Bells Beach (Austrália), Teahupo’o (Taiti), La Libertad (El Salvador) e Saquarema (Rio de Janeiro), antes da parada para os Jogos Olímpicos de Paris. Após a Olimpíada, as ondas voltam em Cloudbreak (Fiji) e Lower Trestles (Estados Unidos), onde acontece a decisão do título.
“Será um ano de grandes desafios para os surfistas brasileiros. Hoje, os atletas são verdadeiros exemplos e fontes de inspiração para a nova geração do país. Que continuem mantendo essa hegemonia, mostrando paixão, técnica e espírito competitivo", aponta o presidente da WSL na América Latina, Ivan Martinho.
Se os últimos dez anos foram mágicos para o surfe no país, o futuro promete ainda mais. A Brazilian Storm, como é denominada a geração responsável pela hegemonia de ouro dos surfistas brasileiros, ainda está revelando mais nomes para manter a dominância.
Sophia Medina (irmã mais nova de Gabriel Medina), Laura Raupp e Bela Nalu aparecem como promessas do esporte na modalidade feminina, que ainda não tem nenhum título mundial. No masculino, Ryan Kainalo e Heitor Mueller também se destacam após terminarem na primeira e na segunda colocação do sul-americano, respectivamente.
Filipe Toledo
O atual bicampeão mundial, Filipinho, está pronto para manter a posição de destaque no CT. Vencedor em 2022 e 2023, faz parte da renomada "Brazilian Storm", que revolucionou o cenário internacional do surfe, colocando o Brasil no topo dos holofotes. Filipe almeja o tricampeonato mundial, buscando igualar o feito de Gabriel Medina e solidificar o legado como um dos maiores nomes do surfe brasileiro.
Gabriel Medina
O tricampeão mundial está de volta para defender o título de maior campeão brasileiro. Apesar de ter sido eliminado na última etapa antes do Finals em 2023, o atleta agora concentra energias para alcançar o topo novamente e ainda espera assegurar uma vaga nos Jogos de Paris.
Ítalo Ferreira
Campeão mundial e medalhista olímpico, Ítalo Ferreira está pronto para iniciar um novo capítulo em 2023. Após enfrentar uma lesão no joelho durante a repescagem do Open J-Bay, na África do Sul, o surfista teve de se ausentar temporariamente do circuito mundial. Agora, totalmente recuperado e com um novo treinador, o atleta natural do Rio Grande do Norte encara o início da competição com entusiasmo.
João Chianca
Apesar de ter começado o ano com um incidente em Pipeline, que o impedirá de participar nas primeiras etapas de 2024, Chumbinho teve um dos melhores anos da carreira em 2023. O surfista conquistou a vaga para disputar os Jogos Olímpicos em 2024 - feito inédito para o atleta. Além disso, obteve a quarta posição na classificação geral do campeonato mundial na temporada passada.
Yago Dora
O surfista paranaense, radicado em Florianópolis, chega à competição como o atual campeão da etapa de Saquarema. Yago conquistou a nota 10 dos juízes após um aéreo, garantindo o topo do pódio na Praia de Itaúna e destacando-se como uma das promessas da nova geração.
Caio Ibelli
Semifinalista na etapa de Pipeline em 2023, Caio Ibelli chega em 2024 tentando melhorar o retrospecto do ano anterior. Apesar da boa atuação no Havaí, Ibelli não conseguiu manter o bom rendimento e foi eliminado na repescagem de Teahupoo, ficando na 17ª colocação geral. No Brasil, em Saquarema, também caiu na repescagem.
Deivid Silva
Deivid Silva chega à elite do CT mais uma vez. Em 2023, apesar da boa campanha em Portugal, quando foi campeão e chegou ao quinto lugar no ranking do Challenger Series, “DVD” foi salvo por Samuel Pupo, que venceu o francês Marco Mignot na etapa de Saquarema e garantiu o conterrâneo no CT de 2024.
Samuel Pupo
Campeão da etapa do Challenger Series de Saquarema em 2023, Samuel Pupo chega para o ano de 2024 como uma das promessas do Brasil na elite mundial do surfe, após terminar na nona colocação do torneio de acesso no ano passado.
Miguel Pupo
Irmão de Samuel, Miguel Pupo não teve um grande ano em 2023. Por conta de uma lesão no tornozelo, que o deixou fora das etapas de Margaret River e Bells Beach, o surfista não conseguiu somar pontos suficientes para estar na elite do Circuito Mundial. No entanto, o brasileiro recebeu, junto de Kelly Slater, um convite para participar do CT de 2024.
Tatiana Weston-Webb
Primeira surfista brasileira a garantir vaga em Paris 2024, Tatiana chega como a atual campeã de surfe do Pan-Americano do Chile, gerando grandes expectativas para a temporada, tanto na competição olímpica, quanto no Championship Tour.
Luana Silva
Apesar da derrota em Saquarema, que tirou as chances matemáticas de classificação para as provas do CT de 2024, Luana Silva conseguiu se classificar após herdar a vaga de Stephanie Gilmore, atleta australiana, 8x campeã mundial, que desistiu da competição para tirar um ano sabático. Com isso, também se torna, junto com Tatiana, uma das esperanças brasileiras para o primeiro título mundial feminino no CT.