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Copa do Mundo Feminina 2027: Brasil se favorece com retirada dos Estados Unidos e México

Muitos pontos positivos são considerados trunfos a favor da candidatura brasileira, tais como a ótima experiência com a Copa do Mundo masculina disputada aqui, em 2014, e a estrutura com as novas arenas

Copa do Mundo Feminina: Brasil e o trio europeu formado por Alemanha, Bélgica e Holanda disputam pela sede (Thais Magalhães/ CBF/Reprodução)

Copa do Mundo Feminina: Brasil e o trio europeu formado por Alemanha, Bélgica e Holanda disputam pela sede (Thais Magalhães/ CBF/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de abril de 2024 às 15h49.

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Estados Unidos e México retiraram na noite desta segunda-feira, 29, a candidatura conjunta ao pleito para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Agora, restam apenas dois concorrentes na disputa: Brasil e o trio europeu formado por Alemanha, Bélgica e Holanda.

“A Federação de Futebol dos EUA e a Federação Mexicana de Futebol retiraram a candidatura conjunta para sediar a Copa do Mundo Feminina da FIFA de 2027 e, em vez disso, se concentrarão na candidatura para sediar o torneio em 2031”, diz a nota da entidade máxima do futebol dos Estados Unidos.

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De acordo com a Fifa, alguns quesitos serão decisivos no processo de avaliação, com prioridade para os setores de infraestrutura, serviços, comercial e sustentabilidade e direitos humanos. O melhor será definido no dia 17 de maio por meio de um sistema de pontuação, que vai avaliar cada um dos critérios. A votação será aberta no Congresso da Fifa em Bangkok, na Tailândia.

"Vejo o Brasil com um potencial enorme em receber a competição, visto que temos experiência suficiente não apenas na execução de grandes eventos, mas também em oferecer a melhor estrutura possível de equipamentos, instalações, montagens e mão-de-obra", diz Tatiana Fasolari, Diretora Executiva da Fast Engenharia, empresa especialista em realização de grandes eventos esportivos.  "Além disso, somos referência em futebol feminino, e a escolha do Brasil seria a coroação de toda essa evolução dos últimos anos no país".

Impactos no futebol feminino no Brasil

No Brasil, que conta com apoio maciço da Conmebol e busca votos na Concacaf (Confederação das Américas do Norte e Central), dez cidades foram escolhidas como sedes: Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre, Cuiabá, Fortaleza e Manaus.

"Caso o Brasil conquiste o direito de realizar a Copa do Mundo de 2027, a modalidade receberá uma atenção ainda maior da mídia. Muitas empresas começarão a realizar investimentos no futebol feminino, e aquelas que já investem devem aumentar os seus recursos. Teremos uma atenção especial por parte do Governo. Será um período de avanço acelerado da modalidade no país", afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Muitos pontos positivos são considerados trunfos a favor da candidatura brasileira, tais como a ótima experiência com a Copa do Mundo masculina disputada aqui, em 2014, e a estrutura com as novas arenas. Além disso, e talvez o que pode pesar favoravelmente, é que a América do Sul nunca sediou a competição feminina.

“Trazer a Copa para o Brasil certamente seria um grande avanço, um impulso muito grande para consolidação da modalidade no Brasil para que atraia cada vez mais investidores, patrocinadores para financiar. O financiamento da modalidade é muito importante, se cobra muito que os clubes invistam mas tem que ter receita, não pode só sair o dinheiro", observa o presidente Marcelo Paz, do Fortaleza.

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