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Com reconhecimento facial na Arena Castelão, tecnologia chega a 13 clubes da Série A

No total, 19 equipes do futebol nacional terão acesso ao sistema depois da adoção pelos clubes da capital cearense

Reconhecimento facial: inovação tecnológica para segurança nos estádios (Imply/Divulgação)

Reconhecimento facial: inovação tecnológica para segurança nos estádios (Imply/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 11 de novembro de 2024 às 17h53.

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A Arena Castelão anunciou que irá implementar a tecnologia de reconhecimento facial para o acesso dos torcedores ao estádio. A previsão para o início dos testes é na realização do Campeonato Cearense, que começa em janeiro de 2025. A adoção completa está programada para ser concluída até 25 de junho de 2025, em conformidade com a Lei Geral do Esporte, que entrou em vigor em 2023. Com o uso do sistema, o Fortaleza e o Ceará se juntam a outros 17 clubes do futebol nacional que já utilizam a biometria.

“Já nos manifestamos sobre isso em várias oportunidades. A Lei Geral do Esporte determina que, a partir do ano que vem, os estádios com capacidade para mais de 20 mil pessoas tenham este recurso, e nós esperamos que seja implementado o quanto antes, pois só gera melhorias”, afirmou Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.

Clubes na elite do futebol brasileiro com reconhecimento facial

Esses são os 13 times que estão na elite do principal esporte nacional e já anunciaram sobre o uso da tecnologia: Palmeiras, Atlético-MG, Internacional, Athletico-PR, Fluminense, Vasco, Botafogo, Flamengo, Cuiabá, Fortaleza, Criciúma, Vitória e Bahia. Entre os times que estão na Série B atualmente, seis terão o reconhecimento facial: Santos, Sport, América-MG, Guarani, Ceará e Goiás.

“O reconhecimento facial torna o acesso do público ao estádio mais simples, rápido e reforça ainda mais a segurança. Assim, a inserção de tecnologias como esta melhora de forma considerável a experiência dos fãs, que têm mais proveito e conforto na ida ao estádio”, comenta Vitor Roma, CEO da Keeggo, consultoria de tecnologia.

Clubes que ainda não utilizam a biometria

Entre os grandes clubes do futebol brasileiro, apenas quatro ainda não disponibilizam a biometria facial como meio de acesso aos fãs: São Paulo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro. Por outro lado, na lista dos gigantes do esporte nacional, o Palmeiras foi o primeiro a utilizar a tecnologia em 100% do seu estádio. Após problemas com o cambismo em 2022, o Alviverde adotou o formato de acesso na temporada passada.

Renê Salviano, especialista em gestão esportiva e CEO da Heatmap, explica as melhorias trazidas pelo sistema: “A torcida tem uma segurança maior ao entrar nos estádios por meio do reconhecimento facial. A tecnologia, ao coletar dados automatizados, é essencial para esse processo. Inclusive, ajuda as equipes e administradores a diminuir a violência, visto que há identificação durante os jogos. Além disso, outra vantagem é que essa ferramenta diminui a força do comércio ilegal, como o cambismo, facilitado pela venda dos ingressos físicos ou que não estejam atrelados aos sistemas de biometria.”

O Fluminense foi o último dos grandes times do Brasil a anunciar a adoção do reconhecimento facial. Entre as vantagens oferecidas pelo sistema está a segurança gerada para os torcedores. No Allianz Parque, por exemplo, casa do Palmeiras, até o início de 2024, quase 50 procurados pela Justiça foram identificados pela biometria facial e 39 foragidos foram presos.

Modernização e acessibilidade em regiões do país

Henrique Borges, CEO da Somos Young, uma companhia que utiliza tecnologia de ponta para o atendimento de sócio-torcedores de clubes como Cruzeiro e Coritiba, celebra o uso do reconhecimento facial no futebol brasileiro: “Tanto os clubes quanto as empresas estão aderindo a novas tecnologias que proporcionam uma experiência mais conveniente para a torcida em estádios e outras plataformas. Esta novidade tende a ser apenas o começo, onde todos saem ganhando.”

Em diversas regiões do país, os clubes têm adotado o reconhecimento facial como forma de acesso dos torcedores aos estádios. No Centro-Oeste, por exemplo, a ferramenta está presente em duas equipes. Em 2022, o Goiás se tornou o primeiro time do Brasileirão a implementar a tecnologia. Com o sucesso da medida, no último ano, a diretoria expandiu a plataforma para todo o Estádio Hailé Pinheiro.

O Cuiabá, único time do Estado do Mato Grosso na Série A do Brasileirão, também adotou a biometria facial para o acesso dos fãs. Cristiano Dresch, presidente do time, explica sobre os benefícios do sistema: “Para o Cuiabá, a inserção desse equipamento é mais um passo na nossa modernização e estruturação. Os resultados têm sido positivos até o momento, e isso nos faz mais realizados pelo atendimento que proporcionamos aos nossos torcedores”.

No Sul do Brasil, vários clubes relevantes já apresentam o sistema de reconhecimento facial nos estádios. No Paraná, o Athletico, na Ligga Arena, e o Coritiba, no Couto Pereira, já contam com a medida, que é focada em segurança e velocidade para os apoiadores.

“A implementação desta tecnologia reduz as filas nos portões, facilita a entrada, garante mais segurança, nos permite ser mais cautelosos e melhora a experiência como um todo no Couto Pereira. Com o reconhecimento facial, só é necessário aproximar o rosto da catraca, esperar e então entrar no estádio. Todos nossos ingressos são nominais, portanto, é necessário realizar um cadastro em nossa plataforma oficial de vendas”, conta André Campestrini, diretor financeiro do Coritiba.

Imply, empresa de controle de acessos com reconhecimento facial, está presente em seis arenas no país: Arena Independência, Arena MRV, Beira-Rio, Ilha do Retiro, Ligga Arena e São Januário. No estádio do Atlético-MG, por exemplo, o clube já tornou obrigatório o cadastro de biometria facial para a compra de ingressos.

A nova medida anunciada pelo Galo passa a valer a partir da venda relativa ao jogo entre Atlético x Internacional, que acontece no dia 26 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro. Nos 18 portões do estádio, são 163 controles de acesso que contam com biometria facial, tecnologia desenvolvida para lugares com alto fluxo de entradas por minuto.

“O reconhecimento facial é um sistema inovador que permite que os fãs entrem nas arquibancadas mais rapidamente e de maneira mais confortável. Esta tecnologia vem tendo um papel fundamental na modernização dos times no Brasil. Com ela, não é mais necessário ter em mãos cartões ou aparelhos físicos. A confirmação é feita em até um segundo”, diz Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply.

Outro parceiro da Imply é o Internacional. O Colorado, já no início do ano, em fevereiro, anunciou sobre o foco na otimização do acesso de seus fãs aos jogos e explicou a implementação do sistema no Beira-Rio. O clube celebra o uso da tecnologia em seu estádio.

“Para o Internacional, tecnologia e inovação sempre foram cruciais. Fomos precursores, desde o início, na realização de experiências para nossos torcedores visitarem o Beira-Rio. O acesso facilitado e a agilidade são garantidos pelo livramento da necessidade de carteirinhas físicas ou ingressos, sem contar a agilidade proporcionada por esta tecnologia na entrada do nosso estádio”, conclui Victor Grunberg, vice-presidente do Internacional.

Na região Nordeste, o Sport foi o primeiro time a disponibilizar o reconhecimento facial como forma de acesso dos torcedores ao estádio. Com o sucesso da medida, que começou a ser implementada no segundo semestre do último ano, o clube anunciou a intenção de expandir a tecnologia para toda a Ilha do Retiro.

“Nas partidas finais da Série B 2023 na Ilha do Retiro, implementamos experimentalmente a biometria facial. A torcida recebeu de maneira positiva o sistema, que proporciona um atendimento mais ágil e rápido. Garantir o conforto e segurança para os fãs será sempre nosso objetivo. Esta tecnologia ainda ajuda a diminuir o cambismo, já que com ela os ingressos ficam vinculados ao rosto do torcedor e, assim, se tornam intransferíveis. Planejamos implantar este sistema em todo o estádio até o fim de 2024”, conclui Yuri Romão, presidente do Sport.

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