ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Summit ESG: economia circular ainda não valoriza o papel dos catadores

Profissionais reivindicam que prefeituras e empresas de embalagens os tratem como prestadores de serviço, o que serviria de estímulo para o volume reciclado aumentar no Brasil

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 13 de junho de 2024 às 09h16.

Última atualização em 24 de junho de 2024 às 14h29.

yt thumbnail

O Brasil recicla, segundo estimativa, apenas 4% dos resíduos que produz. O número mostra o potencial econômico e a urgência ambiental de linhas de negócios como a economia circular para reduzir o consumo de matérias-primas e recursos naturais.

O impacto social da economia circular e os principais desafios dessa agenda é um dos temas da programação do Summit ESG 2024, promovido pela Examea maior publicação de negócios do Brasil. Os encontros fazem parte da agenda do “Mês do ESG 2024”.

Sob a condução de Letícia Ozório, repórter da Exame, Roberto Rocha, presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), falou dos grandes desafios para que a economia circular avance no Brasil.

Rocha, que faz parte do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), explica que  economia circular, como conceito, se tornou um tema recente para a atividade, apesar de ser uma prática que faz parte no dia a dia dos trabalhadores.

"Sempre fizemos o trabalho de economia circular, já que, na ponta, somos nós que não deixamos os materiais recicláveis irem para os aterros, dando o destino correto na circularidade", conta. Com o tempo, os catadores passaram a se aprofundar e perceberam a importância do tema. "Somos o elo principal nessa cadeia."

Muito a avançar

Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citado por Rocha, 90% do material reciclado no Brasil passa pelas mãos dos catadores. Apesar do destaque da atividade na circularidade, o representante da Ancat faz uma ressalva: os catadores são os que têm menor remuneração.

O Brasil conta com 66 mil catadores registrados, quase 80% de pretos e pardos. A participação de mulheres também está na casa dos 80%. Anualmente, a Ancat atualiza o seu atlas com os principais dados do setor.

Segundo a publicação, no ano passado, 647 toneladas de resíduos sólidos recuperados. O resgate de materiais pelo catador o coloca em uma posição de prestador de serviço. No entanto, este não é o entendimento do mercado, o que dificulta o aumento do volume reciclado no país. Poderia haver um avanço no volume se, por exemplo, os municípios e as empresas de embalagens pagassem pelo trabalho feito pelos catadores.

Summit

Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e promove debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.

Neste ano, serão realizados 21 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Os temas abordados serão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.

A cada semana, dois blocos serão veiculados, sempre às terças e quintas. Cadastre-se aqui para conhecer os detalhes da programação.

Acompanhe tudo sobre:Economia Circularinfra-cidadãMês do ESG 2024

Mais de ESG

Iniciativa do Rock in Rio e The Town destina R$ 2 milhões para a conservação da Amazônia

Como o lítio pode contribuir para o meio ambiente e o desenvolvimento brasileiro

IA do Imazon projeta 6,5 km² da Amazônia sob risco de desmatamento em 2025

EXCLUSIVO: Casa dos Ventos e RIMA firmam acordo de R$ 1 bilhão pelo fornecimento de energia eólica