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Jornalista
Publicado em 13 de junho de 2024 às 09h16.
Última atualização em 24 de junho de 2024 às 14h29.
O Brasil recicla, segundo estimativa, apenas 4% dos resíduos que produz. O número mostra o potencial econômico e a urgência ambiental de linhas de negócios como a economia circular para reduzir o consumo de matérias-primas e recursos naturais.
O impacto social da economia circular e os principais desafios dessa agenda é um dos temas da programação do Summit ESG 2024, promovido pela Exame, a maior publicação de negócios do Brasil. Os encontros fazem parte da agenda do “Mês do ESG 2024”.
Sob a condução de Letícia Ozório, repórter da Exame, Roberto Rocha, presidente da Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat), falou dos grandes desafios para que a economia circular avance no Brasil.
Rocha, que faz parte do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), explica que economia circular, como conceito, se tornou um tema recente para a atividade, apesar de ser uma prática que faz parte no dia a dia dos trabalhadores.
"Sempre fizemos o trabalho de economia circular, já que, na ponta, somos nós que não deixamos os materiais recicláveis irem para os aterros, dando o destino correto na circularidade", conta. Com o tempo, os catadores passaram a se aprofundar e perceberam a importância do tema. "Somos o elo principal nessa cadeia."
Segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), citado por Rocha, 90% do material reciclado no Brasil passa pelas mãos dos catadores. Apesar do destaque da atividade na circularidade, o representante da Ancat faz uma ressalva: os catadores são os que têm menor remuneração.
O Brasil conta com 66 mil catadores registrados, quase 80% de pretos e pardos. A participação de mulheres também está na casa dos 80%. Anualmente, a Ancat atualiza o seu atlas com os principais dados do setor.
Segundo a publicação, no ano passado, 647 toneladas de resíduos sólidos recuperados. O resgate de materiais pelo catador o coloca em uma posição de prestador de serviço. No entanto, este não é o entendimento do mercado, o que dificulta o aumento do volume reciclado no país. Poderia haver um avanço no volume se, por exemplo, os municípios e as empresas de embalagens pagassem pelo trabalho feito pelos catadores.
O Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e promove debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.
Neste ano, serão realizados 21 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Os temas abordados serão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.
A cada semana, dois blocos serão veiculados, sempre às terças e quintas. Cadastre-se aqui para conhecer os detalhes da programação.