ESG

Summit ESG: colaboração entre as empresas pode acelerar a agenda ESG

A troca de experiência e o apoio no desenvolvimento e ampliação do alcance de projetos têm permitido que mais pessoas sejam incluídas nas ações sociais da iniciativa privada

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 5 de julho de 2024 às 14h10.

Última atualização em 5 de julho de 2024 às 14h37.

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O painel "Parceiros do Bem: Como iniciativas de colaboração entre as empresas podem acelerar a agenda ESG nos negócios e para a comunidade", mediado por Marina Filippe, repórter de ESG da Exame, recebe Luciana Nabarrete, diretora de Pessoas, Processos e Sustentabilidade da ENGIE Brasil Energia, Christiane Ferreira, Chief Creative Officer da Portobello, e Diana Paes, diretora de Sustentabilidade da EssilorLuxottica. As executivas contam como as parcerias têm sido importantes.

O encontro integra a agenda do Summit ESG 2024, promovido pela Examea maior publicação de negócios do Brasil, e faz parte de uma série de eventos do “Mês do ESG 2024”.

Marina Filippe recebe Luciana Nabarrete, Diretora de Pessoas, Processos e Sustentabilidade da ENGIE Brasil Energia, Christiane Ferreira, Chief Creative Officer da Portobello, e Diana Paes, Diretora de Sustentabilidade da EssilorLuxottica

Luciana Nabarrete, da ENGIE Brasil Energia, Christiane Ferreira, da Portobello, e Diana Paes, da EssilorLuxottica, em debate mediado por Marina Filippe (Reprodução)

Na ENGIE Brasil Energia, o primeiro projeto nesse modelo surgiu em 2021 como resultado do interesse de clientes e parceiros na estruturação de iniciativas de impacto social. Como conta Luciana, a companhia viu uma oportunidade de ampliar o alcance dos seus projetos sociais por meio da estruturação dos chamados "produtos sociais".

"O modelo passou a ser oferecido aos interessados, ampliando o beneficio do projeto social e colhendo os frutos dos investimentos do recurso incentivado. Hoje, são mais de 60 empresas parceiras", conta Luciana.

Entre os exemplos de produtos sociais estão os centros de cultura e sustentabilidade, construídos com recursos da lei de incentivo à cultura - equipados com auditório, salas de inclusão digital e línguas, por exemplo -, oferecidos para a comunidade, desde crianças até a terceira idade, e sob a gestão de uma OSCIP. Com informações obtidas a partir do IDH e desempenho no Ideb, a ENGIE BrasiL Energia consegue aferir os resultados de iniciativas como essa.

Suporte

A Portobello é uma das parceiras da ENGIE Brasil Energia nos centros de cultura e também passou por um programa de capacitação para captação de recursos. "Para nós, é uma parceria também de letramento para entender quais são os melhores caminhos para que possamos investir os nossos recursos de sustentabilidade com maior retorno, não só financeiros, mas o nosso tempo, planejamento", diz Christiane.

A partir da experiência de parceria no centro de cultura da ENGIE, a Portobello pôde dar forma a um projeto parecido em uma comunidade próxima à sua unidade industrial em Santa Catarina. "Queremos ativar o potencial daquela comunidade para geração de renda, aprendizado, despertando a vocação das pessoas", relata a executiva da Portobello.

Alcance

Na EssilorLuxottica, os trabalhos são direcionados à correção visual. A visão, segundo Diana, impacta oito dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). As iniciativas são feitas por  meio dos trabalhos da The OneSight EssilorLuxottica Foundation. O objetivo é eliminar a baixa visão não corrigida em uma geração. Mas como ampliar o alcance de iniciativas como a da EssilorLuxottica?

O caminho, aponta a executiva da EssilorLuxottica, são as parcerias, que permitem "montar modelos e gerir negócios que nos possibilitem ampliar esse impacto". Para isso, o propósito da The OneSight é levado até o contexto em que o parceiro está inserido.

"A nossa parceria com a ENGIE está muito ligada à educação. Para ter uma boa educação, a criança precisa estar nutrida e ter uma boa visão. Buscamos parceiros que estejam dentro das nossas causas sociais e, através dos nossos objetivos, podemos levar uma melhora da qualidade de vida que impacta a educação e outras questões sociais", explica Diana.

Summit

O Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e reúne debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.

Neste ano, foram realizados 22 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Entre os temas abordados estão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.

A cada semana, dois blocos foram veiculados. Além disso, em junho, a Exame publica o Melhores do ESG, principal guia de sustentabilidade do Brasil, realizado há mais de duas décadas. A premiação das empresas que mais contribuíram para o desenvolvimento sustentável do país aconteceu no dia 17 de junho, celebrando organizações que se destacam não apenas pelo lucro, mas também pelo compromisso com o desenvolvimento social e a preservação ambiental.

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