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Quanto o veículo elétrico precisa rodar para ser a melhor opção para o meio ambiente?

Saiba a partir de qual quilometragem os veículos elétricos tornam-se menos emissores de gases de efeito estufa

A maior inserção de veículos elétricos na frota nacional pode desempenhar um papel fundamental na redução das emissões de GEE no setor de transporte. (Jasmin Merdan/Getty Images)

A maior inserção de veículos elétricos na frota nacional pode desempenhar um papel fundamental na redução das emissões de GEE no setor de transporte. (Jasmin Merdan/Getty Images)

Publicado em 15 de julho de 2024 às 14h14.

Novas tecnologias têm surgido com o intuito de descarbonizar os setores econômicos, sendo os veículos elétricos considerados uma alternativa para reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEE) no setor de transporte. As principais diferenças nas emissões de GEE entre veículos elétricos e veículos a combustão estão relacionadas à fase de produção e de uso do veículo.

Na fase de produção, os veículos elétricos tendem a ter uma pegada de carbono maior, devido à fabricação das baterias, que são intensivas em emissões de GEE. Na fase de uso do veículo, as emissões dos carros elétricos dependem da matriz elétrica do país, enquanto os automóveis a combustão têm suas emissões decorrentes do combustível utilizado, sejam eles combustíveis fósseis ou biocombustíveis.

Dessa forma, os veículos elétricos, no momento em que são comprados, apresentariam emissões acumuladas maiores do que os veículos a combustão.

Então, a partir de qual quilometragem o veículo elétrico passa a ter uma pegada de carbono menor do que a do veículo a combustão?

Para responder essa pergunta, é necessário calcular as emissões de GEE, em dióxido de carbono equivalente (CO2eq), correspondentes à produção dos veículos, à produção da bateria, à manutenção dos veículos e à produção e uso do combustível fóssil, biocombustível e eletricidade.

A comparação de pegada de carbono entre um veículo à combustão interna flex e um veículo compacto 100% elétrico à bateria no Brasil é apresentada na figura abaixo. No caso do veículo a combustão, compara-se também veículos que rodam com gasolina com veículos que utilizam somente etanol.

Apesar do maior impacto ambiental dos veículos elétricos na fase de fabricação, há um maior aumento nas emissões dos veículos a combustão por quilômetro rodado, dada a maior intensidade de emissões da gasolina e do etanol frente à energia elétrica brasileira, especialmente devido ao alto nível de renováveis em nossa matriz elétrica.

Considerando que um veículo percorra em média de 10.000 km a 13.000 km por ano, em menos de um ano um veículo elétrico torna-se menos emissor do que um automóvel a combustão movido puramente a gasolina comercializada no Brasil, e em menos de três anos o mesmo ocorre quando comparado a um veículo movido puramente a etanol hidratado.

A matriz elétrica brasileira oferece uma oportunidade única para impulsionar a adoção de veículos elétricos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. A predominância de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas e solares, resulta em menores emissões de GEE associadas à geração de eletricidade em comparação com países que dependem fortemente de combustíveis fósseis para a geração de energia. Por isso, a maior inserção de veículos elétricos na frota nacional pode desempenhar um papel fundamental na redução das emissões de GEE no setor de transporte, contribuindo para metas de descarbonização e sustentabilidade ambiental.

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