ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Parceria entre Ambev e Comida Invisível reduz desperdício e leva alimentos a quem mais precisa

No Dia Internacional do Combate ao Desperdício de Alimentos, companhias relatam como a parceria evitou que mil toneladas de mantimentos fossem parar de lixo

Por meio da plataforma da Comida Invisível, grandes varejistas podem se conectar com ONGs e instituições que atuam contra a fome (Getty Images/Divulgação)

Por meio da plataforma da Comida Invisível, grandes varejistas podem se conectar com ONGs e instituições que atuam contra a fome (Getty Images/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 29 de setembro de 2024 às 08h00.

Em 29 de setembro, celebra-se o Dia Internacional do Combate ao Desperdício de Alimentos. O relatório Food Waste Index, divulgado pela ONU neste ano, aponta que 1 bilhão de toneladas de comida foram parar no lixo em 2022. O impacto desse desperdício pode ser medido na economia, com um custo estimado em US$ 1 trilhão, mas o outro lado dessa moeda, muitas vezes ignorado, é o impacto social, como o aumento da fome.

A insegurança alimentar é uma realidade que voltou a assombrar o Brasil desde a pandemia. O termo descreve a incerteza de pessoas e famílias sobre a próxima refeição – avaliando tanto a quantidade quanto a qualidade dos alimentos consumidos. Segundo a última PNAD Contínua, ao final de 2023, 27,6% dos domicílios brasileiros enfrentavam algum grau de insegurança alimentar, um aumento de 9,1 pontos percentuais em relação à Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2017-2018.

Entre as famílias afetadas, a maior parte, de 14,3 milhões de domicílios (18,2%), vive em insegurança alimentar leve. Nesse caso, há uma preocupação sobre como garantir alimentos, mas ainda sem reduzir a quantidade ingerida. Já a insegurança alimentar moderada afeta 5,3% das famílias (ou 4,2 milhões de domicílios), onde há redução tanto na quantidade quanto na qualidade das refeições.

Já a insegurança alimentar grave representa o estágio mais preocupante, com 3,2 milhões de domicílios (4,1%) enfrentando uma limitação extrema no acesso a alimentos, incluindo períodos de fome.

Combate ao desperdício de alimentos

Uma das estratégias mais rápidas para reparar o impacto social negativo é a doação de alimentos por ONGs, empresas e pela sociedade, evitando que comidas em bom estado acabem se tornando resíduo. Por isso, a Ambev, fabricante de bebidas, se uniu à startup social Comida Invisível, que conecta quem quer doar alimentos com quem precisa, para doar itens próximos ao prazo de vencimento.

Essa parceria já evitou que mil toneladas de alimentos fossem descartadas e possibilitou a doação de mais de 5 milhões de refeições, o equivalente a alimentar o estádio do Maracanã por 63 vezes.

Para Carlos Pignatari, diretor de Impacto Social da Ambev, essa parceria representa um passo importante rumo a um futuro mais sustentável. “Estamos determinados a transformar desafios em oportunidades para um futuro mais digno e sustentável para todos”, comenta.

Por meio da plataforma da Comida Invisível, grandes varejistas podem se conectar com ONGs e instituições que atuam contra a fome e que, em meio ao aumento da crise alimentar, precisam de mais doações e incentivos. Nutricionistas também participam do projeto, garantindo que adultos e crianças consigam a oferta ideal de alimentação nutritiva.

Daniela Leite, CEO da Comida Invisível, aponta que a parceria com a Ambev auxilia a startup a caminhar em direção a um mundo mais igualitário. “Nosso compromisso vai promover o impacto positivo, combatendo o desperdício e reduzindo a fome de pessoas em situação de vulnerabilidade social”, explica.

Acompanhe tudo sobre:FomeDoaçõesAlimentaçãoIndústrias de alimentosLixoAmbevStartups

Mais de ESG

Ascensão de pessoas com deficiência na carreira ainda é desafio, diz estudo

EUA apresenta nova meta climática antes do retorno de Trump

Após enchentes, Porto Alegre já investiu quase R$ 520 milhões na reconstrução

"COP30 será vitrine para negócios de bioeconomia na Amazônia", diz fundador da Manioca