Pacto Global da ONU cria movimento contra corrupção; Petrobras adere
Iniciativa busca engajar as empresas no combate à corrupção para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Fleury, MRV e CBA também assinaram
Rodrigo Caetano
Publicado em 6 de dezembro de 2021 às 18h13.
Última atualização em 6 de dezembro de 2021 às 18h43.
A Rede Brasil do Pacto Global, órgão ligado à ONU que reúne o setor empresarial, lançou um movimento anticorrupção em parceria com um grupo de grandes empresas. Entre elas, está a Petrobras, pivô de uma série de escândalos ligados à Operação Lava-Jato. Também fazem parte da iniciativa, batizada de Transparência 100%, SPIC Brasil, CBA, Eletrobras, Grupo Fleury, MRV, Anglo American.
Os signatários se comprometem a adotar medidas que vão além das obrigações legais, como o fortalecimento de mecanismos de transparência e integridade. As empresas também passarão por uma jornada de capacitação e produção de conhecimento. Há, ainda, a intenção de compartilhar boas práticas sobre o tema.
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“Muito temos ouvido sobre ESG e sabemos que Governança é um pilar fundamental não somente para a sigla, mas para a sociedade”, afirma Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global. “Não alcançaremos os ODS e toda essa agenda fundamental para a sociedade e o planeta, se não fizermos direito. E fazer direito também é fazer sem corrupção.”
O movimento estabeleceu cinco metas anticorrupção: 100% de transparência nas interações com a Administração Pública; Remuneração 100% íntegra da alta administração; 100% da cadeia de valor de alto risco treinada em integridade; 100% da transparência da estrutura de compliance e governança; e 100% da transparência sobre o desempenho dos canais de denúncia.
Esses compromissos serão monitorados pelo Observatório 2030, iniciativa do Pacto que acompanha as metas e compromissos públicos assumidos pelas empresas, nos mais diversos temas.
Segundo a entidade, os prejuízos causados pela corrupção alcançam 5% do PIB global, anualmente. O desvio de recursos prejudica provimento de serviços básicos, como educação e saúde, aprofundando desigualdades e agravando a pobreza. A corrupção também mina a confiança do público nas instituições, enfraquecendo a democracia.
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