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CEO da Chevron promete retornos mais altos e menos carbono

Em um ano tumultuado para ações de petróleo, a Chevron emergiu como um dos players mais fortes e atualmente tem valor de mercado superior ao da rival Exxon

Depois de ultrapassar a Exxon Mobil como a maior empresa de petróleo da América do Norte, a Chevron tem uma “promessa simples” para os investidores: retornos mais elevados e menos carbono (Justin Sullivan/Getty Images)

Depois de ultrapassar a Exxon Mobil como a maior empresa de petróleo da América do Norte, a Chevron tem uma “promessa simples” para os investidores: retornos mais elevados e menos carbono (Justin Sullivan/Getty Images)

LB

Leo Branco

Publicado em 8 de dezembro de 2020 às 15h13.

Última atualização em 8 de dezembro de 2020 às 18h29.

Depois de ultrapassar a Exxon Mobil como a maior empresa de petróleo da América do Norte, a Chevron tem uma “promessa simples” para os investidores: retornos mais elevados e menos carbono.
Cumprir essa promessa é fundamental: um investidor ativista anunciou uma campanha na segunda-feira contra a Exxon por falhar em ambos os tópicos.

“Conseguimos permanecer muito estáveis enquanto outros tiveram que mudar a estratégia, mudar os dividendos, mudar as prioridades financeiras”, disse o CEO da Chevron, Mike Wirth, em entrevista à Bloomberg TV. “Para nós, tem sido uma promessa muito simples de retornos mais altos, menos carbono e vocês podem contar conosco.”

Uma coisa com a qual os investidores não podem contar é que a Chevron anuncie quaisquer metas de longo prazo para eliminar ou reduzir significativamente as emissões, como as rivais Royal Dutch Shell e BP fizeram. As metas de carbono da Chevron estão vinculadas à redução dos vazamentos de metano e da chamada intensidade das emissões, o que significa menos poluição por barril de petróleo produzido. Isso deixa a empresa com margem de manobra para aumentar as emissões gerais no futuro, à medida que a produção de petróleo também é elevada.

“Favorecemos a ação em vez de promessas”, disse Wirth. “Compromissos de longo prazo onde realmente não sabemos como chegaremos ao fim da estrada são algo com que temos sido um pouco cuidadosos.”

Em um ano tumultuado para ações de petróleo, a Chevron emergiu como um dos players mais fortes e atualmente tem valor de mercado superior ao da Exxon, a maior empresa de petróleo dos EUA durante a maior parte dos últimos 100 anos. A empresa da Califórnia está empatada com a petroleira francesa Total em exigir o menor preço do petróleo para atingir o ponto de equilíbrio, de acordo com analistas do HSBC, e não cortou dividendos como a Shell e a BP.

Ano difícil

Mas 2020 não foi uma volta da vitória para Wirth. As ações da Chevron caíram 24% neste ano, mesmo depois da forte alta no mês passado. A chave para reverter a crise do setor, que agora representa apenas 2,5% do índice S&P 500, é aumentar os retornos ao gastar capital de forma mais eficiente do que na década passada.

A Chevron destinou US$ 300 milhões para investimentos em transição energética, 2% de seu orçamento de US$ 14 bilhões para o próximo ano. Wirth não vai seguir seus pares europeus para substituir o petróleo e gás por energias renováveis.

“Optamos por não fazer coisas como energia eólica e solar, onde existem empresas fortes e bem estabelecidas”, disse.

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