Com 6G será possível “sentir” a presença de pessoas e objetos e haverá monitoramento dos mundos físico e biológico para prevenção de doenças (Thinkstock/Divulgação)
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Publicado em 18 de maio de 2023 às 08h30.
A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) é uma realidade há mais de duas décadas e trouxe inovação até mesmo para a vida doméstica. O termo, criado em 1999 por Kevin Ashton, se refere à conexão digital de objetos cotidianos, como a TV, à internet. Segundo a Nokia, a evolução dessa tecnologia acontece, agora, com a junção da inteligência artificial.
“A combinação de IoT com inteligência artificial será um grande passo para um mundo mais digital e até mais verde, com um controle mais eficaz da emissão de poluentes e maior produtividade em todas as indústrias, desde o agro até a aeroespacial”, defende o diretor de Tecnologia (CTO) da Nokia para a América Latina, Wilson Cardoso.
IoT permite o desenvolvimento e a implantação de dispositivos inteligentes para resolver problemas do mundo real. Hoje, boa parte dos cidadãos está cercada por dispositivos inteligentes que controlam casas, carros e relógios, com o objetivo de simplificar a vida e tornar a rotina mais simples.
As aplicações são inúmeras: vão da manufatura ou do setor industrial e passam pela agricultura, setor de saúde, cidades inteligentes, segurança e serviços de emergência.
De acordo com Cardoso, o futuro da IoT será a evolução das redes “para o que definimos como ‘sensing’, ou seja, as redes com o 6G passarão a ‘sentir’ a presença de pessoas, objetos, carros, e esse monitoramento dos mundos físico e biológico trará uma nova perspectiva para cidades inteligentes, novos processos produtivos e um sistema de monitoramento de saúde contínuo”.
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O sistema Smart Health Sensing (Detector Inteligente de Saúde, em português) é um dos destaques em IoT da Nokia. O dispositivo é compacto e controla a saúde das pessoas. Ele já é utilizado na indústria da saúde, em hospitais, bem como em centros de trauma, para monitorar as condições críticas de saúde dos pacientes.
“Imagine o dia em que esse sistema evolua e possa ser implementado em todas as partes do planeta. Poderemos prevenir doenças de uma forma mais efetiva e mais eficiente”, acredita o executivo da Nokia.
Existem diversas formas de se implementar a IoT. São três componentes principais: os sensores, a conectividade e a nuvem, onde a informação será processada. Com o aumento da escala, os sensores estão mais baratos e simples de instalar.
O processamento em nuvem já apresenta soluções mais econômicas e cada vez mais próximas dos usuários. Segundo a Nokia, com o avanço do 5G, se tornou viável a conectividade de acesso para milhões de sensores por quilômetro quadrado.
Wilson Cardoso diz que a automação trará ganhos em produtividade a empresas e exemplifica isso com uma linha de produção com motores que são 100% do tempo monitorados. “Podemos prever hoje, com suporte de ferramentas de inteligência artificial, quando cada motor vai necessitar de manutenção. Com um gêmeo digital, posso programar o melhor momento para a manutenção e, com ferramentas de blockchain, realizar contratos para a compra de sobressalentes”, justifica.
Mas, para o executivo, “a automação ainda está na maternidade. Precisamos olhar o que mais os sensores, a inteligência artificial e os gêmeos digitais podem nos trazer em termos de produtividade”.