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Três gráficos que mostram como o varejo saiu do "fundo do poço"

Dados divulgados pelo IBGE mostram que, após queda acentuada em abril, varejo começou a se recuperar em maio, embora ainda abaixo de 2019

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Loja após reabertura no Rio: varejo de moda e tecidos foi o que mais cresceu em maio na comparação com abril (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Loja após reabertura no Rio: varejo de moda e tecidos foi o que mais cresceu em maio na comparação com abril (Tomaz Silva/Agência Brasil)

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Carolina Riveira

Publicado em 8 de julho de 2020 às, 15h02.

Última atualização em 8 de julho de 2020 às, 18h48.

Os dados do varejo divulgados nesta quarta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trouxeram otimismo aos mercados. O crescimento das vendas no mês de maio — embora esperado após uma queda histórica em abril diante da pandemia do novo coronavírus — ficou acima das expectativas de analistas.

Ao todo, o varejo cresceu 13,9% em maio (último período com dados disponíveis) na comparação com abril. O crescimento é o maior em um único mês desde o início da série histórica do IBGE, em 2000.

A projeção dos analistas ouvidos pela Reuters era de alta de somente 6% na comparação mensal, ou entre 0,9% e 11,6% da pesquisa do Estadão Broadcast.

Na comparação com 2019, maio terminou com queda de 7,2%, novamente menor do que a mais otimista das projeções dos analistas. A pesquisa da Reuters projetava queda de 12,1% sobre um ano antes e, do Estadão, entre 8,3% e 17,3%.

Os dados também vêm em linha com bons resultados de consumo divulgados no exterior para o mês de maio. A projeção de analistas, globalmente, é que a pior queda tenha de fato ficado para abril, embora novos acontecimentos possam impactar o cenário novamente — como uma alta de casos de coronavírus que leve a novos fechamentos do comércio, como já vem acontecendo em cidades no Sul do Brasil e nos Estados Unidos.

Com o otimismo dos investidores após os resultados do varejo, o dólar caía cerca de 0,8% às 14h10 e o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, subia 1,74%. Abaixo, a EXAME separou três gráficos que explicam os pontos mais importantes dos resultados do varejo no mês.

1. Recuperação em maio

Após as quedas bruscas em março e, sobretudo, em abril, o varejo voltou a crescer em maio, na comparação com o mês anterior, tanto em receita quanto em volume de vendas. A alta incluiu também o varejo ampliado, que leva em conta vendas de veículos, motocicletas, autopeças e material de construção.

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2. Mas ainda atrás de 2019

A recuperação em maio é intensa na comparação com abril. Mas outros indicadores não deixam o mercado esquecer que o mundo e o Brasil passam pela maior crise em 100 anos. Se comparados os dados de maio ao mesmo período de 2019, a receita no varejo ainda segue no negativo, caindo 5,2%, embora seja uma queda menor que a de abril.

Para além da reabertura ou não das lojas físicas, o varejo também é impactado pela alta taxa de desemprego no Brasil, que vem subindo nos últimos meses. Em maio, o Brasil teve metade da população em idade para trabalhar sem ocupação, maior taxa da série histórica.

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3. Setores que mais cresceram

Os setores que mais se recuperaram em maio foram também os que haviam sofrido mais no mês anterior, como vestuário/tecidos e móveis/eletrodomésticos. Esses setores também se beneficiaram do crescimento do comércio eletrônico, que quase dobrou de tamanho no Brasil durante a pandemia, na comparação com 2019.

Enquanto isso, setores com menor queda em abril e que vendem itens essenciais, como farmácias e supermercados, tiveram também um salto menor em maio.

Ainda assim, na comparação com 2019, quase todos os segmentos seguem castigados: o único que apresenta crescimento na comparação com 2019 é o de supermercados, alimentos e bebidas.

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