Justin Trudeau: ex-presidente mexicano apelou ao governo canadense para salvar o acordo do Nafta
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2017 às 06h27.
Última atualização em 21 de novembro de 2017 às 07h42.
A quinta rodada de negociações entre Estados Unidos, Canadá e México para discutir as mudanças no Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) termina nesta terça-feira. Reunidos na Cidade do México, representantes dos três países continuam com dificuldades em chegar a um acordo para satisfazer as demandas dos americanos, em especial do presidente Donald Trump, que afirma que o acordo prejudica os Estados Unidos.
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Os três países concordaram em estender o prazo das conversas até março do ano que vem. Até agora, os legisladores avançaram pouco nos temas mais controversos da mudança, que vão desde a indústria automobilística, laticínios e telecomunicações.
México e Canadá esperam que os Estados Unidos se curvem à pressão doméstica de legisladores e grupos industriais para diminuir suas demandas. Para tanto, o Canadá tem investido diretamente em lobby no Congresso americano.
O negociador-chefe do Canadá, Steve Verheul, em uma reunião com representantes da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, afirmou que é preciso que os donos de negócios e empresários usem suas vozes para defender o Nafta
Canadá e Estados Unidos têm uma relação comercial de 1,4 trilhão de dólares e os americanos são responsáveis por 70% de todas as trocas canadenses.
O México é o segundo maior destino de exportações americanas, atrás somente do Canadá, e o terceiro maior parceiro comercial, em uma relação que movimenta 550 bilhões de dólares ano. Em 2013, cerca de 80% dos produtos de exportação do México foram para os Estados Unidos.
Com março se aproximando e pouca definição nas conversas, há o receio de que Trump simplesmente desfaça o acordo e tente parcerias bilaterais.
Os mexicanos estão em situação especialmente delicada. O ex-presidente mexicano, Vicente Fox, durante o final de semana pediu que o presidente canadense, Justin Trudeau, “não abandone o México como um Judas moderno para ir para o lado dos Estados Unidos”.