Exportações argentinas de biodiesel ressurgem
Redução no imposto de venda ao exterior deve fazer exportações terem forte crescimento ante as previsões iniciais
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2014 às 14h55.
Buenos Aires - As exportações de biodiesel da Argentina aumentaram acentuadamente a partir de maio com uma redução no imposto de venda ao exterior e devem ter forte crescimento ante as previsões iniciais, disse o chefe da Câmara Argentina de Biocombustíveis (Carbio).
A Carbio estimou que as exportações argentinas poderão chegar a 1,4 milhão de toneladas este ano, em comparação com 700 mil toneladas previstas em março, antes de o governo reduzir o imposto no país, um dos maiores fornecedores globais do biocombustível.
Os embarques de país sul-americano entraram em declínio desde 2012, como resultado de barreiras para vendas para a União Europeia, que era a principal compradora e que, depois de uma série de controvérsias, passou a aplicar uma tarifa alta ao combustível da Argentina, a quem acusa de "dumping".
O governo argentino cortou em maio, para 11 por cento, o imposto de exportação sobre o biodiesel, ante 21 por cento, com o objetivo de promover uma indústria que, antes da medida da UE, chegou a embarcar até 1,7 milhão de toneladas de biocombustível em 2011, segundo dados oficiais.
"Até abril as exportações foram muito baixas e, a partir do ajuste que foi feito no nível de retenção (impostos de exportação), isso permitiu que nos colocássemos em uma situação internacional competitiva, podendo exportar o produto em bons níveis", disse à Reuters Luis Zubizarreta, presidente da Carbio.
De acordo com a câmara, a Argentina deve exportar um total de 1,4 milhão de toneladas de biodiesel em 2014, graças à decisão do governo. A produção do biocombustível deverá ser de 2,35 milhões de toneladas, ante 1,8 milhão que a Carbio havia previsto no início deste ano.
"Nós ainda não estamos operando a 100 por cento, mas a indústria, mais uma vez, está funcionando bem", disse Zubizarreta.
No final de novembro do ano passado, a UE aplicou uma tarifa média de 24,6 por cento por cinco anos às importações de biodiesel da Argentina, sob a acusação de "dumping".
O movimento foi devastador para a indústria de biodiesel Argentina.
O governo argentino levou a disputa à Organização Mundial do Comércio, com o argumento que as indústrias não faziam dumping, dizendo que a decisão da UE era puramente protecionista. Agora, a redução do imposto de exportação biodiesel melhora a competitividade do biocombustível e os embarques do país têm subido ao maior nível em dois anos. TEMORES No entanto, as preocupações persistem no setor.
O governo argentino realizou nos últimos meses aumentos na taxa de exportação de biodiesel, que atualmente está em cerca de 17 por cento, o que, de acordo com Zubizarreta, gerou novas incertezas sobre embarques do biocombustível.
"Depois da baixa (em maio), houve alguns ajustes novamente, e hoje, com este nível de retenção em cerca de 17 por cento, nós estamos em um nível onde números não são mais tão claros", disse Zubizarreta.
O governo aplica um sistema fiscal variável para o biodiesel, no qual o imposto de exportação varia de acordo com as mudanças nos preços de referência, entre outros fatores.
Buenos Aires - As exportações de biodiesel da Argentina aumentaram acentuadamente a partir de maio com uma redução no imposto de venda ao exterior e devem ter forte crescimento ante as previsões iniciais, disse o chefe da Câmara Argentina de Biocombustíveis (Carbio).
A Carbio estimou que as exportações argentinas poderão chegar a 1,4 milhão de toneladas este ano, em comparação com 700 mil toneladas previstas em março, antes de o governo reduzir o imposto no país, um dos maiores fornecedores globais do biocombustível.
Os embarques de país sul-americano entraram em declínio desde 2012, como resultado de barreiras para vendas para a União Europeia, que era a principal compradora e que, depois de uma série de controvérsias, passou a aplicar uma tarifa alta ao combustível da Argentina, a quem acusa de "dumping".
O governo argentino cortou em maio, para 11 por cento, o imposto de exportação sobre o biodiesel, ante 21 por cento, com o objetivo de promover uma indústria que, antes da medida da UE, chegou a embarcar até 1,7 milhão de toneladas de biocombustível em 2011, segundo dados oficiais.
"Até abril as exportações foram muito baixas e, a partir do ajuste que foi feito no nível de retenção (impostos de exportação), isso permitiu que nos colocássemos em uma situação internacional competitiva, podendo exportar o produto em bons níveis", disse à Reuters Luis Zubizarreta, presidente da Carbio.
De acordo com a câmara, a Argentina deve exportar um total de 1,4 milhão de toneladas de biodiesel em 2014, graças à decisão do governo. A produção do biocombustível deverá ser de 2,35 milhões de toneladas, ante 1,8 milhão que a Carbio havia previsto no início deste ano.
"Nós ainda não estamos operando a 100 por cento, mas a indústria, mais uma vez, está funcionando bem", disse Zubizarreta.
No final de novembro do ano passado, a UE aplicou uma tarifa média de 24,6 por cento por cinco anos às importações de biodiesel da Argentina, sob a acusação de "dumping".
O movimento foi devastador para a indústria de biodiesel Argentina.
O governo argentino levou a disputa à Organização Mundial do Comércio, com o argumento que as indústrias não faziam dumping, dizendo que a decisão da UE era puramente protecionista. Agora, a redução do imposto de exportação biodiesel melhora a competitividade do biocombustível e os embarques do país têm subido ao maior nível em dois anos. TEMORES No entanto, as preocupações persistem no setor.
O governo argentino realizou nos últimos meses aumentos na taxa de exportação de biodiesel, que atualmente está em cerca de 17 por cento, o que, de acordo com Zubizarreta, gerou novas incertezas sobre embarques do biocombustível.
"Depois da baixa (em maio), houve alguns ajustes novamente, e hoje, com este nível de retenção em cerca de 17 por cento, nós estamos em um nível onde números não são mais tão claros", disse Zubizarreta.
O governo aplica um sistema fiscal variável para o biodiesel, no qual o imposto de exportação varia de acordo com as mudanças nos preços de referência, entre outros fatores.