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Partiu, Marte? Missão espacial chinesa entra na órbita do planeta vermelho

Com a missão Tianwen-1, que significa "busca pela verdade celestial", os chineses querem realizar um levantamento da atmosfera do planeta

Marte: trabalho pode ajudar também a entender como a Marte vem perdendo sua atmosfera (cokada/Getty Images)

Tamires Vitorio

Publicado em 10 de fevereiro de 2021 às 06h00.

Um dia depois de a sonda espacial Hope, dos Emirados Árabes , alcançar a órbita de Marte , nesta quarta-feira (10) é a vez da missão espacial chinesa Tianwen-1, da China , completar a sua jornada de seis meses até o planeta vermelho.

Com a missão Tianwen-1, que significa "busca pela verdade celestial", os chineses querem realizar um levantamento da atmosfera do planeta e descobrir se existe água potável ou sinais de vida no local.

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O trabalho pode ajudar também a entender como a Marte vem perdendo sua atmosfera.

Se tudo der certo, o orbitador conseguirá apoiar futuras missões tripuladas para o planeta para explorar a superfície e mapear o seu tipo, geologia e estrutura interna.

A sonda é repleta de câmeras, um magnetômetro (usando para medir campos magnéticos) e diversos analisadores de partículas – e também servirá como uma estação para continuar o contato frequente com o rover da Nasa, o Perseverance, que deve chegar a Marte no fim do mês.

O passo é extremamente importante para a China, que já tentou colocar um orbitador no planeta em 2011, a bordo de uma espaçonave russa. A missão deu errado, e as sondas desapareceram sem deixar vestígios.

Em 2013, o país conseguiu, com sucesso, pousar uma espaçonave na Lua e em janeiro do ano passado foi o primeiro país do mundo a alunar uma sonda no lado mais afastado do satélite.

Existe (ou existiu) vida em Marte?

A pergunta não ficou só na ponta da língua do cantor David Bowie em sua canção de 1971. A dúvida existe há muito tempo para cientistas, pesquisadores e empresas (privadas ou não). Em 2018, especialistas da Agência Espacial Italiana descobriram a existência de água líquida no planeta – o que poderia ser um forte indício de que algum ser poderia viver por lá. Mesmo se um tipo de vida alienígena não existir em Marte, a ideia do bilionário Elon Musk é povoar o planeta com mais de 1 milhão de pessoas até 2050.

O plano ambicioso de Musk faz parte da missão de sua empresa, a SpaceX, que recentemente se tornou a primeira companhia privada a fazer um voo espacial tripulado nos Estados Unidos e quebrou um jejum de quase uma década sem lançamento de missões espaciais tripuladas a partir do território americano. Em 30 de maio, dois astronautas americanos foram enviados a Estação Espacial Internacional.

Para Marte, a agência espacial americana Nasa pretende enviar seu quinto (e mais poderoso) veículo a fim de encontrar evidências de vidas passadas e coletar pedras que poderão ser as primeiras a voltar para a Terra.

A China também está de olho nas terras vermelhas marcianas com a missão chamada de Tianwen-1, que significa “busca pela verdade celestial”. O objetivo dos chineses é realizar um levantamento da atmosfera do planeta e descobrir se existe água potável ou sinais de vida no local.

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