Elon Musk e Bezos (Wikimedia Commons/Montagem/Exame)
Redação Exame
Publicado em 7 de dezembro de 2025 às 06h14.
A corrida espacial privada ganhou contornos mais ambiciosos nos últimos anos, com Elon Musk e Jeff Bezos defendendo caminhos diferentes para a vida fora da Terra. Enquanto o fundador da SpaceX insiste no plano de colonização de Marte, o criador da Blue Origin aposta em colônias artificiais no espaço, inspiradas em modelos científicos desenvolvidos na década de 1970.
O plano de Musk envolve o envio de naves reutilizáveis, capazes de transportar grandes grupos de pessoas para o planeta vermelho, onde seriam construídas cidades autossustentáveis. A estratégia, segundo ele, é proteger a espécie humana de ameaças globais, como guerras, pandemias ou desastres naturais.
Já Bezos pensa diferente: em vez de instalar humanos em outro planeta, ele defende criar habitats gigantes no espaço, conhecidos como “cilindros de O’Neill”, que girariam para simular gravidade. Esses ambientes poderiam abrigar milhões de pessoas com agricultura interna, energia e acesso a recursos extraídos da Lua e de asteroides. Para o bilionário, viver fora da Terra não significa fugir dela, mas preservar o planeta, mantendo grande parte da atividade industrial fora de sua superfície.
As duas visões dividem especialistas. Críticos afirmam que ambos projetos demandam tecnologias ainda inexistentes e investimentos incalculáveis, além de levantarem questões éticas e ambientais complexas. Mesmo assim, o avanço recente de foguetes reutilizáveis e missões robóticas reacende debates que, antes, pareciam restritos à ficção científica.
Apesar das diferenças, Musk e Bezos compartilham um ponto: acreditam que o futuro da humanidade está além da atmosfera terrestre.