A ficção está aí para mostrar que os psicopatas têm uma vida amorosa de sucesso – com sua frieza e foco inabaláveis, os Dexters e Hannibals da vida têm um charme irresistível. Mas, pela primeira vez, a ciência comprovou que a psicopatia em mulheres é ainda mais atraente.

A maioria dos estudos sobre a vida amorosa dos psicopatas só tratava de homens. Para mudar isso, pesquisadores da Universidade de Graz, na Áustria, organizaram três festas.

Em cada uma, 90 pessoas formaram pares e ficaram conversando por alguns minutos. Até o final da festa, cada homem precisava ter conversado com cada mulher.

Os participantes também responderam ao teste de personalidade chamado de Tríade do Mal. Ele mede três elementos de uma personalidade “malvada”.

São eles: maquiavelismo (“Eu tendo a manipular os outros para conseguir o que quero”), psicopatia (“Sou insensível e indiferente com frequência”) e, por último, o narcisismo (“Quero que as pessoas prestem atenção em mim”).

No final da festa, as pessoas que foram consideradas mais atraentes pelos voluntários eram aquelas que tiravam as notas mais altas no teste de narcisismo. Mesmo os participantes que não eram considerados tão bonitos, mas eram narcisistas, também foram considerados atraentes.

Já quando os pesquisadores analisavam os teste de psicopatia, existia uma diferença de gênero. Os homens psicopatas não eram muito bem avaliados pelas possíveis parceiras.

Enquanto isso, a psicopatia nas mulheres fazia com que os homens ficassem mais interessados nelas, pelo menos a curto prazo.

Isso porque a psicopatia parece afetar a vida amorosa das pessoas como um todo. Indivíduos com traços de psicopatia são mais impulsivos e voláteis.

Por isso, acabam tendo relacionamentos mais curtos. Mulheres psicopatas são muito mais dispostas a se envolver em relações casuais do que a média – o que as torna atraentes em um primeiro momento.

No estudo, os pesquisadores observaram que as mulheres com traços de psicopatia encantavam os possíveis parceiros no pouco tempo em que passavam juntos, mas a maior parte deles estava mais disposto a ter um affair casual com elas do que investir em um relacionamento de longo prazo.

Não é coincidência que, na ficção, os casamentos dos psicopatas são tão peculiares…

Este conteúdo foi publicado originalmente na revista Superinteressante.