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EUA podem ficar sem astronautas no Espaço em 2019

Empresas que levariam astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), Boeing e SpaceX, não vão poder cumprir o cronograma previsto

Espaço: em novembro de 2019, os últimos americanos na ISS retornam à Terra na nave espacial russa Soyuz (Nasa/Cortesia/Reuters)
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AFP

Publicado em 12 de julho de 2018 às 14h26.

As duas companhias com contratos com a Nasa para levar seus astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS), Boeing e SpaceX, não vão poder cumprir o cronograma previsto e que antecipava uma primeira viagem em 2019, segundo um relatório do governo.

Como consequência, a Nasa poderá ficar sem meios de enviar astronautas ao Espaço a partir de novembro de 2019, quando os últimos americanos na ISS retornarem à Terra na nave espacial russa Soyuz.

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Atualmente, três americanos, um alemão e dois russos estão na ISS, onde a estadia média é de cerca de cinco a seis meses.

A Nasa interrompeu seus lançamentos espaciais em 2011 e, desde então, depende das naves russas para levar seus astronautas ao Espaço. Em 2014, atribuiu à Boeing e à SpaceX a tarefa de desenvolver novos sistemas de lançamento.

Mas o Gabinete de Controladoria do Governo (GAO) confirmou em relatório divulgado na quarta-feira que ambas as empresas estavam atrasadas em seus programas. A Boeing não será certificada antes de dezembro de 2019, e não mais em janeiro como previsto, e a SpaceX em janeiro de 2020, ao invés de fevereiro de 2019.

"A Nasa está explorando outras opções, mas não tem um plano B para evitar uma interrupção (nas viagens)", diz o relatório.

O risco é que poderiam passar até nove meses sem um americano no Espaço, já que provavelmente as duas empresas não poderão fazer essas viagens espaciais antes de agosto de 2020, de acordo com cálculos da Nasa.

As soluções para evitar isso não são simples: comprar assentos adicionais na Soyuz não parece viável, pois é um processo que deve começar três anos antes da viagem programada.

Outra opção seria colocar os astronautas nos voos de teste dessas duas empresas, mas isso representaria um grande risco para a segurança dos mesmos.

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