Estudo: aquecimento global está prejudicando o sono de humanos
Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, acreditam que o aquecimento global vai afetar, principalmente, o sono de quem mora em países emergentes
André Lopes
Publicado em 27 de maio de 2022 às 10h03.
Última atualização em 27 de maio de 2022 às 10h03.
Se as temperaturas continuarem aumentando, como prevê a maioria dos pesquisadores que estudam as mudanças climáticas, há indícios de que as noites de sono dos seres humanos não serão mais tão tranquilas.
A preocupante constatação surge de um estudo feito por cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que concluíram que, em noites muito quentes, acima de 30°C, a duração do sono diminui cerca de 14 minutos.
Em temperaturas de 25°C, que ocorrem em algumas regiões do Brasil, o efeito gerado é um ligeiro aumento da probabilidade da pessoa dormir menos de 7 horas -- considere que abaixo disso não é suficiente para um adulto descansar.
Os cientistas chegaram aos dados após analisar o registro de sono em smartwatches de mais de 47 mil adultos, de 68 países. As informações foram cruzadas com dados meteorológicos globais. O estudo completo foi publicado na revista One Earth.
A descoberta também lança luz sobre as questões de desigualdade no acesso a tecnologias que controlem a temperaturas em casa, como o ar condicionado.