Ciência

Covid-19 pode ter surgido na Itália em 10 de novembro de 2019, diz estudo

De acordo com os cientistas, a paciente seria uma mulher de 25 anos que passou por uma biópsia por conta de uma dermatite atópica

Itália: país tem mais de 2,2 milhões de infectados (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Itália: país tem mais de 2,2 milhões de infectados (Guglielmo Mangiapane/Reuters)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 12 de janeiro de 2021 às 09h17.

Última atualização em 12 de janeiro de 2021 às 11h08.

Um estudo feito pela Universidade Estatal de Milão e publicado na revista científica British Journal of Dermatology aponta que o primeiro caso do novo coronavírus na Itália pode ter surgido em 10 de novembro de 2019.

De acordo com os cientistas, a paciente seria uma mulher de 25 anos que passou por uma biópsia por conta de uma dermatite atópica e, de todos os sintomas causados pelo vírus, apresentou apenas dor de garganta.

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Para chegar a essa conclusão, Raffaele Gianotti, responsável pela pesquisa, analisou biópsias da pele de diversos pacientes que tiveram testes positivos para a covid-19 em diferentes estágios da infecção. No caso da paciente infectada, o PCR não foi realizado, mas, durante a biópsia foi encontrada a sequência genética do SARS-CoV-2.

Em entrevista à agência de notícias italiana Agenzia Nazionale Stampa Associata (ANSA), Gianotti afirmou que "em estudos já publicados em revistas internacionais, nós provamos que existem nessa pandemia casos nos quais o único sinal é uma patologia cutânea".

Segundo Gianotti, esse é o caso mais antigo de covid-19 na Itália – um dos países mais afetados pela doença na Europa, com mais de 2,2 milhões de casos confirmados, segundo o monitoramento em tempo real da universidade americana Johns Hopkins.

A Itália considerava que o primeiro paciente a ter covid-19 no país era um menino de quatro anos, atendido em um pronto-socorro de Milão com problemas respiratórios e vômito no dia 30 de novembro do ano passado. Ele também tinha manchas pelo corpo e os médicos acreditaram se tratar de um quadro de sarampo – quase um ano depois foi confirmado que os sintomas estavam relacionados a uma infecção pelo coronavírus.

O estudo continuará a ser feito e outros casos do tipo podem ser confirmados.

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