Pílula contra obesidade: novo medicamento promete ampliar as opções de tratamento (freepik/Freepik)
Redação Exame
Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 11h57.
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou, na última segunda-feira, 22, uma nova pílula contra a obesidade que promete ampliar as opções de tratamento para quem luta contra o excesso de peso.
Desenvolvida pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, a pílula é a primeira versão oral de um medicamento para emagrecimento que até agora só existia em forma de injeção.
O novo medicamento é baseado na semaglutida, a mesma substância ativa encontrada em tratamentos injetáveis amplamente usados, como o Wegovy e o Ozempic, este último voltado principalmente para diabetes.
A substância atua imitando um hormônio produzido naturalmente no intestino que ajuda a controlar o apetite e a sensação de saciedade. O resultado, segundo dados dos estudos clínicos que embasaram a aprovação, foi uma perda de peso média significativa em participantes que tomaram o comprimido diariamente.
Para funcionar, o comprimido deve ser tomado uma vez ao dia por via oral, diferentemente das versões anteriores que exigiam injeções semanais.
Essa mudança torna o medicamento mais acessível e conveniente para muitas pessoas, especialmente aquelas que têm medo de agulhas ou dificuldades com injeção. A expectativa é que o medicamento comece a ser vendido nos Estados Unidos já no início de 2026.
Em novembro, a Novo Nordisk assinou um acordo com o governo dos Estados Unidos na qual estipulava o preço do medicamento a partir de US$ 150 (R$ 836, na cotação de hoje) por mês, valor abaixo do custo atual das injeções.
Além de facilitar o tratamento para pacientes, essa nova forma oral representa um passo importante no mercado global de medicamentos contra a obesidade, um segmento que vem crescendo à medida que mais opções terapêuticas são desenvolvidas e aprovadas.