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Um por mês e sem hora para acabar. Pesquisa mostra como é o churrasco do brasileiro

Enquanto na região Sul do Brasil os acompanhamentos são salada de batata e pão de alho, no Nordeste há farofa e vinagrete

Churrasco: pesquisa mostrou os hábitos dos brasileiros. (DigiPub/Getty Images)
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 17 de maio de 2024 às 14h40.

Um por mês e sem hora para acabar. Este é o mantra que define o churrasco do brasileiro, uma tradição que transcende a mera alimentação para se tornar um evento social marcante. Uma pesquisa feita pela consultoria Saga, em parceria técnica com o Qualibest, analisou os hábitos e as preferências que moldam esse ritual gastronômico tão amado no país. Dos cortes de carne mais populares aos acompanhamentos indispensáveis, a pesquisa mostra como os brasileiros abordam e desfrutam do churrasco, revelando uma rica tapeçaria cultural por trás de cada grelha acesa.

Daniel Heuser Prestes, fundador e managing director da Saga, explica que a metodologia incluiu uma parte quantitativa, com 1.500 churrascos, e uma parte qualitativa em que os pesquisadores participaram de churrascos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife, Goiânia e Belo Horizonte. Cada um desses encontros duraram de três a seis horas. "Fizemos um trabalho grande em pegar grupos muito diversos para entender o que existiam de comum e o que era questão familiar ou de uma região", diz.

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Alguns dos resultados surpreenderam os pesquisadores. Um deles envolve os acompanhamentos.Enquanto na região Sul do Brasil é salada de batata e pão de alho, no Nordeste há mais acompanhamentos, como farofa, vinagrete, farinhas em geral.Em relação ao corte as mais usadas são maminha, alcatra e vacio, um corte mais usado na Argentina, mas que no Brasil tem bastante preferência, especialmente nos churrascos gaúchos.

Como é o churrasco do brasileiro

Churrasco: pesquisadores participaram de encontros em seis cidades. (Gustavo Vasconcelos/Divulgação)

Truques de preparo e churrasqueira

Daniel Heuser Prestes explica que durante os churrascos que os pesquisadores participaram chamaram atenção os truques e dicas para fazer o fogo da maneira correta. Em alguns momentos, esse passo era até mais importante do que a própria carne em todo o ritual. "Uma das famílias usava açúcar mascavo no álcool para não fazer fumaça", conta.

Também ficou clara a churrasqueira preferida dos brasileiros: a portátil, presente em 28% dos churrascos. Os outros métodos para assar a carne ficaram mais divididos. "Neste quesito temos até a churrasqueira de tijolo, tão presente na cultura do brasileiro. Essa foi uma das características que mais mudaram durante a nossa análise em campo", diz o pesquisador.

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