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Uber vê maior demanda por entregas mesmo após pandemia

O crescimento é impulsionado por novos clientes e clientes existentes que fazem pedidos com mais frequência

Entregador em frente ao Shake Shack, em NY (Andrew Harrer/Bloomberg)

Entregador em frente ao Shake Shack, em NY (Andrew Harrer/Bloomberg)

DS

Daniel Salles

Publicado em 14 de novembro de 2020 às 06h10.

O negócio de entrega de alimentos da Uber Technologies aposta que o aumento da demanda vai continuar após a pandemia de coronavírus e ajudar a tornar a unidade rentável no próximo ano.

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O crescimento é impulsionado por novos clientes e clientes existentes que fazem pedidos com mais frequência, disse Pierre-Dimitri Gore-Coty, responsável pela operação de entregas da Uber. A frequência dos pedidos tende a voltar aos níveis pré-pandemia, mas a expansão total permitirá que o negócio registre lucro em 2021, afirmou.

“Muito do crescimento que vemos hoje veio para ficar”, disse Gore-Coty em entrevista na sexta-feira.

A demanda por entregas aumentou neste ano com mais pessoas em casa, um ponto positivo para a Uber cujos outros negócios foram afetados pela pandemia. Por dois trimestres consecutivos, a Uber ganhou mais dinheiro entregando comida do que transportando pessoas. As entregas mais que dobraram no terceiro trimestre, mesmo com a queda de 24% dos usuários ativos mensais da plataforma Uber - categoria que também inclui clientes do aplicativo de transporte - para 78 milhões.

O aumento das entregas é um dos motivos pelos quais investidores têm apostado na Uber. As ações da empresa acumulam alta de 38% neste mês, em comparação com avanço de 9,3% do índice S&P 500.

Na América Latina, a Uber deixou de fazer entregas recentemente na Argentina e na Colômbia, parte dos planos de operar apenas em países onde vê um caminho claro para ser o principal player, disse Gore-Coty.

“Sentimos que os investimentos necessários para chegar nesse ponto não valiam a pena”, disse.

A Uber pretende se expandir com a entrega de mantimentos e itens de farmácia, além de refeições preparadas. A empresa busca uma participação majoritária na startup chilena Cornshop - acordo que foi aprovado no Chile e está sendo revisado no México. Os termos não foram divulgados.

Em junho, a Uber também anunciou a aquisição de US$ 2,65 bilhões da empresa de entrega de alimentos Postmates, um negócio que deve aumentar sua presença geográfica e a variedade de restaurantes nos EUA. A transação deve ser concluída até o fim do ano.

Com a colaboração de Lizette Chapman.

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