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Suicídio é possível causa da morte de Robin Williams

O ator americano, encontrado morto em sua casa ontem, aparentemente cometeu suicídio, de acordo com a polícia

Robin Williams: agente disse que ele lutava contra a depressão nos últimos tempos (Alessia Pierdomenico/Files/Reuters)

Robin Williams: agente disse que ele lutava contra a depressão nos últimos tempos (Alessia Pierdomenico/Files/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2014 às 11h04.

Los Angeles - O ator americano Robin Williams, um dos mais brilhantes de sua geração - premiado com um Oscar por "Gênio indomável"-, foi encontrado morto em sua casa, aparentemente depois de cometer suicídio, anunciou a polícia nesta segunda-feira.

Em um comunicado, a Polícia de Marin County, na Califórnia, relatou que um "sujeito masculino foi declarado morto às 12h02, identificado como Robin McLaurin Williams, de 63 anos, residente em Tiburon, na Califórnia" e que a causa suspeita da morte seria "um suicídio por asfixia".

Uma investigação está "em andamento sobre as causas e as circunstâncias da morte", indica o comunicado da polícia, acrescentando que o comediante foi visto com vida pela última vez em sua casa, onde vivia com a esposa, no domingo "por volta das 22h".

As autoridades informaram que as causas da morte apontam para um "suicídio por asfixia".

Nesta terça-feira está prevista a realização de uma autopsia e de exames toxicológicos.

A mulher do astro, Susan Schneider, pediu aos fãs que lembrem de sua genialidade para fazer rir.

"Esta manhã, eu perdi meu marido e meu melhor amigo, enquanto o mundo perdeu um de seus mais queridos artistas e um ser humano maravilhoso", disse Susan, sua terceira mulher.

Eles se casaram em 2011.

"Eu estou arrasada. Em nome da família Robin, pedimos privacidade em nossa profunda dor", completou.

"Enquanto ele é lembrado, esperamos que o foco não seja na morte de Robin, mas nos incontáveis momentos de riso e de alegria que ele deu a milhões (de pessoas)", insistiu.

A agente de Robin disse que ele lutava contra a depressão nos últimos tempos, mas que nunca parou de atuar.

"Robin Williams faleceu esta manhã. Ele tem lutado contra a depressão", afirmou Mara Buxbaum, em uma declaração.

"Essa é uma trágica e repentina perda. A família pede, respeitosamente, por sua privacidade, enquanto eles vivem seu luto nesse momento muito difícil", acrescentou.

Williams admitiu, várias vezes, que tinha problemas com bebidas alcoólicas. Em 2006, se submeteu a tratamento após sofrer uma recaída, depois de permanecer por 20 anos sóbrio.

O ator também afirmava que a "cocaína é a maneira que Deus encontrou para lhe dizer que já ganhou demasiado dinheiro".

Robin Williams concluiu as filmagens de "Merry Friggin' Christmas" e "Noite no museu 3", que estreiam este ano, além de "Absolutely Anything", que chega às telonas em 2015. Para o ano que vem, também estava prevista a rodagem da segunda parte de "Uma babá quase perfeita".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, manifestou seu pesar com a perda do ator - "um homem especial" e que tocou "cada parte do espírito" das pessoas. "Ele nos fez rir, nos fez chorar. Deu seu imenso talento de forma gratuita e generosa àqueles que mais necessitavam", afirmou Obama.

Hollywood em luto

O mundo do cinema reagiu imediatamente à notícia do falecimento de Williams, que em seus mais de 30 anos de carreira ganhou um Oscar de melhor ator coadjuvante por "Gênio indomável", quatro Globos de Ouro e dois Emmy.

"Robin era uma tempestade de luz de genialidade humorística, e nosso riso era o trovão que o alimentava", declarou o lendário diretor de cinema Steven Spielberg, um amigo muito próximo do ator, citado pela revista "Variety".

"Ele era um companheiro, e não posso acreditar que ele se foi", lamentou Spielberg.

"Não! Robin Williams era tão querido", escreveu a atriz Mia Farrow no Twitter.

"Não podia estar mais surpreso com a perda de Robin Williams, boa pessoa, grande talento, colega de elenco, alma sincera", lamentou o também ator Steve Martin em sua conta no microblog.

"Custo a crer na morte de @robinwilliams. Estou estupefato. Foi um talentoso e amado ator pelo mundo do cinema. Quanta dor! QEPD (Que Em Paz Descanse)", afirmou o diretor mexicano Alfonso Cuarón, outro ganhador de estatueta do Oscar.

A atriz e cantora Cher também manifestou sua tristeza em uma série de tuítes, nos quais explicou que sua amizade com Robin Williams remontava a antes da bem-sucedida série "Mork & Mindy", no final da década de 1970.

Uma carreira cheia de prêmios

Robin Williams começou sua trajetória na televisão como comediante em séries, entre elas "The Richard Pryor Show", "Laugh In" e "America 2-Night", ganhando notoriedade com o programa "Mork & Mindy" (1978-1982), que lhe deu seu primeiro Globo de Ouro (1979).

Sua passagem para o cinema na década de 1980 foi natural. Participou de "Clube Paraíso" (1986) ou "Seize the Day", mas obteve repercussão com "Bom dia Vietnã", no qual deu vida a Adrian Cronauer, um comunicador da rádio do Exército americano, atuando no Vietnã.

Com o filme, ele conseguiu sua primeira indicação ao Oscar (1988) e seu segundo Globo de Ouro.

Depois viria o premiado "Sociedade dos poetas mortos" (1989), no qual interpretou o professor de Literatura Inglesa John Keating. Ganhou mais uma indicação ao Oscar e ao Globo de Ouro.

O reconhecimento também veio com "O pescador de ilusões" (1991), que lhe rendeu um Globo de Ouro e outra uma indicação à estatueta dourada.

Seu memorável e terno papel como "Uma babá quase perfeita" (1993) conquistou a criançada, e a imprensa estrangeira de Hollywood o recompensou com mais um prêmio.

Seu primeiro e único Oscar veio em 1998, em "Gênio indomável", onde trabalhou com Matt Damon e Ben Affleck.

Robin Williams nasceu em 21 de julho em Chicago (norte dos Estados Unidos), casou-se três vezes e teve três filhos.

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