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SP-Arte comemora duas décadas de estrada e faz esquenta em galerias por São Paulo

A criadora e diretora da SP-Arte, Fernanda Feitosa, comemora o aniversário da maior feira do segmento no Brasil

SP-Arte de 2023: o interesse do público cresce a cada ano (SP-Arte/Divulgação)

SP-Arte de 2023: o interesse do público cresce a cada ano (SP-Arte/Divulgação)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 23 de março de 2024 às 08h00.

Neste ano a SP-Arte comemora duas décadas de existência. Motivo para comemorar e também para rever prioridades. “Ainda que 20 anos pareçam muito tempo, ainda somos uma feira jovem”, diz Fernanda Feitosa, criadora e diretora da SP-Arte.

“A cada ano colocamos mais um tijolo na consolidação da feira. Estamos buscando cada vez mais incluir artistas mulheres, indígenas e negros, e também práticas populares e autodidatas”, diz. Em um esquenta para a 20a edição, a partir de 23 de março acontece o Circuito SP-Arte, com diversos eventos em galerias por São Paulo.

A curadoria da feira apresenta renomadas galerias brasileiras, como Fortes D’Aloia & Gabriel, Luisa Strina, Mendes Wood DM, Millan, A Gentil Carioca, Nara Roesler, além de uma nova geração de casas, como Gomide&Co, Galatea, MaPa, Mitre, HOA, Verve, Central e Superfície. Inclui ainda grandes galerias internacionais, como Continua (Itália), Herlitzka & Co. (Argentina), Sur, Galería de Las Misiones e Piero Atchugarry (Uruguai) e RGR (México). No design, destacam-se espaços como Etel, Estúdio Rain, ­Firma Casa e Ovo. A seguir, Feitosa fala sobre o passado e o futuro do evento.

Como foi a primeira edição da feira, há 20 anos?

Quando comecei a planejar a primeira edição, eu pensava muito se daria certo. E, conforme as edições foram acontecendo, minha responsabilidade e a régua da feira foram aumentando. Ficamos mais ambiciosos e passamos a trazer mais agentes e galerias. Em 2004, o mercado de arte estava no ponto ideal para dar essa alavancada. As galerias estavam desarticuladas, e promovemos uma colaboração entre os agentes.

O interesse do público pelas artes plásticas cresceu?

Sem dúvida. Começamos o evento com 6.000 pessoas e hoje temos 35.000 visitantes. No ano passado os ingressos esgotaram. Isso é um bom sinal não só para nós; estamos acompanhando museus e bienais cheios. Há um grande interesse da população por cultura e arte. O fato de Adriano Pedrosa [diretor artístico do Masp] ter sido escolhido como curador da 60a Bienal de Veneza é muito importante para o mercado e legitimador da arte brasileira.

O que podemos esperar da 20a edição da SP-Arte?

Muita comemoração e muitos artistas novos. Neste ano várias galerias comemoram anos cheios, como a Luisa Strina, Raquel Arnaud, Galeria Estação, Choque Cultural.

SP–Arte | De 3 a 7 de abril | Pavilhão da Bienal. Parque Ibirapuera, portão 3, São Paulo | Ingressos a partir de 40 reais

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