Bastian Schweinsteiger comemora vitória da Alemanha nas quartas de final da Copa do Mundo (REUTERS/Eddie Keogh)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2014 às 14h55.
Santa Cruz Cabrália - Bastian Schweinsteiger veio ao Brasil para ser campeão do mundo pela primeira vez, mas pode voltar para casa com um outro título: rei da simpatia. O volante do Bayern de Munique, há vários anos um dos melhores do planeta em sua posição, tem se mostrado muito aberto ao contato com o público desde que colocou os pés no País, há quase um mês, e ganha fãs por onde quer que passe. Schweinsteiger já pode se considerar o mais brasileiro dos alemães.
A experiência do jogador do Bayern na Copa do Mundo tem sido bastante rica. Ele já se deixou fotografar usando as camisas de Bahia, Flamengo e Grêmio, passeou pelas ruas de Porto Alegre e do Rio de Janeiro e até já foi visto na vila de Santo André, em Santa Cruz Cabrália (BA), usando um cocar, presente de índios que vivem em uma aldeia da cidade do litoral baiano.
Como se não bastasse, Schweinsteiger foi filmado torcendo, ardorosamente, pela seleção brasileira na decisão por pênaltis contra o Chile, pelas oitavas de final. Por tudo isso, é evidente que jogar contra o Brasil será algo muito especial para ele.
"Eu tenho disputado muitos jogos importantes em minha carreira e, por isso, sei que será fantástico jogar contra um país em que as pessoas se identificam tanto com a sua seleção", comentou o volante. "Com certeza será uma honra jogar contra o Brasil, mas seria ainda melhor se fosse na final".
GAROTO DA PRAIA - Embora garanta que está completamente concentrado na tarefa de ganhar o título mundial, Schweinsteiger afirma que existe espaço para pensar em algo além do futebol.
Ele está convencido de que passar um mês em um país tão diferente da Alemanha só pode lhe fazer bem e que seria um enorme desperdício ficar enclausurado durante a Copa.
"Já estou com um belo bronzeado", brincou Schweinsteiger, que desenvolveu o agradável hábito de tomar sol na linda praia de Santo André.
"Nós estamos nos divertindo muito e eu agradeço às pessoas daqui por nos tratarem tão bem. Conheci um pouco do Brasil, estive em Porto Alegre, estou agora na Bahia... Pude entender que o futebol aqui é uma religião e que as pessoas têm muita alegria de viver. Nós podemos aprender bastante com isso".
Schweinsteiger sabe que amanhã não haverá simpatia no mundo capaz de impedir o Mineirão inteiro - ou quase inteiro, já que alguns bravos torcedores alemães estarão no estádio - de torcer contra a Alemanha.
O volante jura, no entanto, que nem isso vai diminuir a admiração pelo Brasil e pelos brasileiros. "Vou continuar gostando muito das pessoas daqui e aprendendo com elas, mesmo jogando contra o Brasil".