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Rock in Rio Lisboa recebe 310 mil pessoas

Sexta edição do festival terminou neste domingo com show de Justin Timberlake

Público durante o festival de música Rock in Rio Lisboa, em Portugal (Rafael Marchante/Reuters)

Público durante o festival de música Rock in Rio Lisboa, em Portugal (Rafael Marchante/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 09h49.

Lisboa - A sexta edição do Rock in Rio Lisboa terminou neste domingo, 01, com show de Justin Timberlake e reuniu cerca de 310 mil pessoas na capital portuguesa durante os cinco dias de festival - um deles monopolizado pelo fabuloso circo dos Rolling Stones, com Bruce Springsteen e Gary Clark Jr. de convidados, e o ex-presidente norte-americano Bill Clinton na plateia.

A excepcionalidade dos Stones num festival já o destacaria de todos os outros, mas houve outros bons momentos no Rock in Rio Lisboa 2014.

Um deles foi o show do Queens of the Stone Age (Qotsa), que é mais do que uma banda, é um conceito em movimento, um laboratório de materiais radioativos estéticos - com a vantagem de manter uma pegada de assalto de rock'n'roll de guitarras sombrias que lembra os melhores momentos do pós-punk.

Josh Homme, vocalista e dono da banda, dominou a cena com maestria (até mesmo ralhando com os fãs).

O Queens of the Stone Age toca em São Paulo no dia 27 de setembro, no festival Pepsi on Stage, apresentando o show de seu mais recente disco, "...Like Clockwork" (2013).

Em Lisboa, a banda tocou cinco músicas do disco, que pareciam perfeitamente encaixadas nos hits como "Sick Sick Sick" e "Little Sister": a faixa-título e mais "I Sat by the Ocean", "Fairweather Friends", "My God is the Sun" e "Smooth Sailing".

Houve um acirrado debate de bastidores entre bandas nesse dia, porque o Queens acabou abrindo para o Linkin Park, e não se conformava com isso.

O Linkin Park, entretanto, foi a banda mais votada pelos portugueses para estar no festival. O paradoxo entre o que é maior e o que é melhor cerca toda a programação, mas é um conflito natural no supermercado de entretenimento que são os festivais de rock.

O Linkin Park tem, de fato, o domínio do público, mas parece ter envelhecido sua dinâmica de nu metal calcada na alternância de um gajo que berra (Chester Bennington) e um gajo que rapeia (Mike Shinoda), como salientou um crítico português.

Curiosamente, o dia mais fraco do Rock in Rio Lisboa tinha uma das atrações que mais fizeram sucesso no Brasil na temporada: o Arcade Fire.

Apenas 48 mil pessoas estiveram no Parque da Bela Vista para ver os canadenses, e eles também não se esforçaram muito, fazendo um show bem menos entusiasmado do que o que fizeram no Lollapalooza latino-americano, há cerca de um mês.

O problema é que as atrações do Palco Mundo no mesmo dia também não ajudaram muito: Lorde e seu lamento depressivo de garota que a mãe proibiu de tatuar o nome do namorado no pescoço deu uma caída geral no público.

O festival vai agora a Las Vegas, em maio de 2015, e em setembro retorna ao Brasil.

Em 2016, já está garantido de novo em Portugal. Realizado com raro equilíbrio financeiro (ganhou isenção de impostos da prefeitura de Lisboa), o evento está incorporado ao calendário do país, tendo criado um ambiente de concorrência que não existia antes.

Os Stones fizeram um show de rara entrega e, ao mesmo, tempo de despretensão, o que tornou inesquecível sua apresentação.

Como Jagger mencionou a Copa do Mundo, os rumores voltaram, mas a cantora Lisa Fischer, que acompanha os Stones como backing vocal há 25 anos (estreou em 1989), disse à reportagem não ter nenhuma informação sobre uma possível apresentação no Brasil.

"Tudo que eu sei sobre a turnê está no site do grupo. E, mesmo se soubesse, eu não poderia dizer", afirmou em Lisboa a veterana cantora de R&B, que também já acompanhou artistas como Tina Turner e Luther Vandross. "Mas o Brasil soa bem", afirmou a cantora.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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