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Revolução do Churrasco: descubra onde comer “picanha com hashi”

Série mostra como o New Shin-La Kwan, em São Paulo, serve suculentas carnes ao estilo coreano

Casa aposta em cortes marinados na brasa  (Divulgação/Divulgação)

Casa aposta em cortes marinados na brasa (Divulgação/Divulgação)

Paty Moraes Nobre

Paty Moraes Nobre

Publicado em 23 de outubro de 2020 às 18h32.

Última atualização em 23 de outubro de 2020 às 20h23.

Antes de mais nada, uma observação: hashi é o termo para a dupla de “pauzinhos” ou “palitinhos” usada como talheres na cultura japonesa. Como o assunto deste 26º episódio da série Revolução do Churrasco é o preparo coreano de carnes, preciso nomear os utensílios da forma correta, que é jeotgarak.

É com eles que os clientes comem os deliciosos preparos e cortes marinados na brasa do restaurante coreano New Shin-La Kwan, localizado no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.

Pato, panceta, costela e… picanha
Sae Young Kim e a mãe, dona Suzana (nome brasileiro adotado por ela, comandam há quase uma década o serviço, especializado no tradicional estilo korean BBQ.

São três cortes bovinos (picanha, ancho e costela), a barriga suína (panceta) e o magret de pato que se destacam no cardápio. Tudo pelo valor de 170 reais cada um, para duas pessoas, com banchan (acompanhamentos típicos, como kimchi e picles de nabo), arroz e folhas de alface e gergelim. As verduras servem para fazer o ssam: uma trouxinha feita de folha, pedaços de carne, acompanhamentos e ssamjang (molho de soja fermentada).

Assista ao episódio:

Finas fatias surpreendentes
Cortadas em espessuras finíssimas, as carnes se misturam com os aromas, cores, texturas e sabores surpreendentes da gastronomia coreana.

A picanha (de aproximadamente 1 centímetro), aliás, é um mimo a mais para quem não abre mão da queridinha do churrasco brasileiro. Acompanhado de molho de gergelim temperado, shimeji e cebolas, o corte, no entanto, não é o preferido dos clientes.

O campeão de vendas é yangnyeom galbi — finas fatias de costela marinada em tempero agridoce típico à base de shoyu, pera asiática, óleo de gergelim e outros ingredientes secretos. À mesa, tanto a costela quanto a picanha são cortadas com tesoura e degustadas com jeotgarak. Render-se a essa experiência, sem dúvida, é muito divertido.

 

 

De acordo com Sae, assim que o movimento for retomado no pós-pandemia, serão servidos ainda wagyu (carne de intenso marmoreio) e miúdos de porco, comuns em refeições na Coreia do Sul, onde nasceu.

Churrasco na mesa
Dona Suzana é responsável pelas receitas secretas (que ela não conta nem para o filho) das conservas e marinadas. O kimchi dela, feito à base de pasta vegana de arroz, é condimentado e fermentado de forma equilibrada e reconhecido até por outros restaurantes coreanos, que encomendam o produto frequentemente. Receptiva, apesar de não se comunicar em português, ela faz questão de cumprimentar os fregueses que serve com a frase: “Coma bastante”.

Não é difícil obedecê-la. Com uma churrasqueira à brasa perfeitamente encaixada na mesa e tantas opções para acompanhar as carnes, a satisfação é garantida.

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