Narendra Modi criou um ministério para promover a prática de ioga na Índia (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 19 de junho de 2020 às 10h26.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modri, afirmou que a prática de ioga ajuda a construir um "escudo protetor" de imunidade contra o coronavírus, enquanto a epidemia se propaga no país de mais de 1,3 bilhão de habitantes.
"Sabemos que até agora ninguém no mundo conseguiu desenvolver uma vacina contra a covid-19 ou o coronavírus", declarou o governante indiano em um vídeo divulgado na quinta-feira, poucos dias antes do Dia Internacional da Ioga, que será celebrado no domingo.
"Por isso, atualmente, apenas uma imunidade forte pode atuar como escudo protetor ou segurança para nós e nossos parentes. Ioga é um amigo fiel na construção deste escudo protetor", completou o chefe de Governo na mensagem divulgada em seu canal do Youtube.
Desde sua chegada ao poder em 2014, o nacionalista hindu é um ferrenho defensor das práticas e tratamentos tradicionais indianos, que utiliza para divulgar a cultura do país no exterior, conseguindo inclusive que a ONU decretasse o 21 de junho como Dia Internacional da Ioga.
Na data são organizadas grandes sessões coletivas de ioga em locais públicos em todo planeta, mas este ano Modi aconselhou os praticantes que permaneçam em casa devido à pandemia do coronavírus.
"Ioga é potencialmente benéfica para os desafios mentais, físicos e psicológicos. Nos testa sobre a forma como vivemos em tempos difíceis", disse.
O ministério indiano de medicina tradicional publicou recentemente conselhos sobre a maneira como o ayurveda, a homeopatia tradicional, pode ajudar os indianos a combater o coronavírus.
Muitos especialistas, incluindo os institutos de saúde americanos, alertam que "não há nenhuma prova científica de que os remédios alternativos possam impedir ou curar a COVID-19".
A Índia é atualmente o quarto país no mundo em número de contágios registrados do novo coronavírus e a epidemia segue em propagação. O gigante do sudeste asiático tem um balanço de 12.573 mortos e 380.532 casos confirmados, segundo os números oficiais.