Casual

Pode guardar vinho depois de aberto? 10 mitos e verdades sobre a bebida

O enólogo e sommelier Moisés Sandi, da importadora Decanter, esclarece alguns mitos e verdades sobre uma das bebidas mais antigas do mundo

Vinho: uma das bebidas mais antigas do mundo. (Giovanni Magdalinos/Getty Images)

Vinho: uma das bebidas mais antigas do mundo. (Giovanni Magdalinos/Getty Images)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 07h21.

'Vinho europeu é o melhor do mundo'. 'Não se pode guardar vinho depois de aberto'. 'O gelo muda o sabor do vinho'. Se você pensou ou já ouviu essas afirmações na hora de provar um bom rótulo, saiba que algumas delas são mitos e outras verdades.

Apesar da sua vasta história e do apreço que atravessa fronteiras, o vinho muitas vezes é cercado por uma série de concepções equivocadas e verdades distorcidas que povoam o imaginário dos seus apreciadores. Um desses equívocos recorrentes é a ideia de que vinhos tintos são mais robustos do que os brancos, quando, na realidade, essa distinção está mais ligada às variedades de uvas e aos métodos de produção do que à própria cor.

O enólogo e sommelier da importadora Decanter, Moisés Sandi, lança luz sobre 10 desses mitos e verdades, auxiliando os amantes da bebida a explorar não apenas sua diversidade e sofisticação, mas também a desvendar alguns dos conceitos errôneos que cercam esse universo da bebida de Baco.

LEIA TAMBÉM >>> Qual é o vinho preferido do brasileiro? A primeira enóloga da Argentina sabe a resposta

1 - “Vinho tinto só combina com carnes” ou “Vinho branco só combina com peixes”

Mito. Os temperos e as formas de cocção mudam a complexidade e o peso das receitas. Por isso, é possível harmonizar tintos e brancos com uma diversidade de pratos.

2 - “Quanto mais velho, melhor o vinho”

Mito. Cada vinho possui um tempo de guarda ideal. Alguns se beneficiam do envelhecimento, enquanto outros atingem o seu auge ainda muito jovens.

3 - “Quanto mais fundo o buraco no fundo da garrafa, melhor o vinho”

Mito. O formato da garrafa não interfere na qualidade do vinho.

4 - “Vinho aberto não pode ser guardado”

Mito. Vinhos abertos podem ser guardados por cerca de dois a cinco dias - de preferência na geladeira e em pé.

5 - “O vinho precisa respirar quando a garrafa é aberta”

Verdade e Mito. Pode-se dizer que esta é uma “meia-verdade”, pois neste caso depende do vinho. Nem todos necessitam ou se beneficiam desse contato prolongado com o oxigênio. Normalmente, vinhos jovens não necessitam, enquanto vinhos de média idade ou mais velhos podem melhorar.

6 - “Vinho europeu é melhor”

Mito. Podemos dizer que no mundo todo se produzem bons vinhos, o que muda de um local para outro é apenas o estilo, não a qualidade.

7 - “Colocar gelo no vinho altera o sabor”

Verdade. Ao derreter, o gelo vira água e deixa o vinho mais diluído. Isso não é necessariamente ruim, alguns vinhos hoje em dia são feitos para se beber com gelo, justamente buscando o equilíbrio após essa diluição.

8 - “Vinhos caros são os melhores”

Mito. Assim como existem bons vinhos em qualquer parte do mundo, também é possível encontrar bons vinhos em várias faixas de preço.

9 - “Rolha é melhor do que tampa de rosca”

Mito. Cada uma cumpre um papel. Tampa rosca, por exemplo, é normalmente utilizada para vinhos jovens, que não tem pretensão de envelhecer, quando o objetivo é manter o frescor da bebida.

10 - “Champanhe e espumante são a mesma coisa”

Na verdade não chega a ser um mito, é apenas uma “inverdade”. Espumante é qualquer vinho gaseificado (naturalmente ou não) e pode ser produzido em qualquer parte do mundo. Champanhe é um espumante produzido dentro de uma região também chamada Champanhe, na França, e segue uma série de regras. Resumindo: todo Champanhe é um espumante, mas nem todo espumante é um Champanhe.

Acompanhe tudo sobre:Vinhosbebidas-alcoolicas

Mais de Casual

Onde assistir às séries indicadas ao Globo de Ouro

Onde assistir aos filmes indicados do Globo de Ouro

Em 'jogo de mentirinha', Carlos Alcaraz vence João Fonseca

Como é o Lamborghini de R$ 5,8 milhões que acaba de chegar ao Brasil