Pistorius vai de ícone de superação a acusado de assassinato
O corpo da modelo Reeva Steenkamp, de 30 anos, foi encontrado nesta quinta com quatro disparos na casa de Pistorius, que foi detido como suposto autor do crime
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 13h40.
Johanesburgo - O atleta sul-africano Oscar Pistorius, conhecido por ser o primeiro atleta deficiente físico a ter disputado uma edição dos Jogos Olímpicos, passou nesta quinta-feira de ídolo mundial e ícone de superação ao papel de acusado pela polícia pelo suposto assassinato de sua namorada.
O corpo da modelo Reeva Steenkamp, de 30 anos, foi encontrado nesta quinta com quatro disparos na casa de Pistorius, que foi detido como suposto autor do crime e comparecerá na sexta-feira perante um juiz na capital sul-africana.
A história de Pistorius é de êxito e superação e reconhecida de forma unânime, só que agora ficará marcada por este trágico fato pessoal que ainda não foi esclarecido.
Nascido em Johanesburgo em 2 de novembro de 1986, Pistorius nasceu sem o perônio e foi submetido a uma operação de amputação abaixo dos joelhos aos 11 meses.
Já aos 15 anos, sofreu um duro golpe emocional, a morte de sua mãe, Sheila, que sempre teve uma grande influência sobre o atleta.
Com suas pernas ortopédicas e demonstrando a grande vontade para triunfar, o atleta jogou polo aquático, tênis e rúgbi, quando aos 16 anos optou pelo atletismo, depois de ter sofrido uma lesão em uma partida de rúgbi.
Após nove meses de duros trabalhos com o treinador de velocistas Ampie Louw, Pistorius começou a competir com duas próteses de carbono em forma de "J".
Em 2004, participou dos Jogos Paralímpicos de Atenas, onde conquistou uma medalha de ouro e uma de bronze.
Dois anos depois, foi campeão do mundo nas distâncias de 100, 200 e 400 metros, na cidade holandesa de Assen.
Mas Pistorius não se conformava em ser o melhor entre os atletas paralímpicos e queria competir com esportistas sem deficiência física.
Em 2007, teve suas primeiras oportunidades, e em 13 de julho, foi o segundo nos 400m na Golden Gala de Roma.
Mas neste mesmo ano, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) impediu que o atleta seguisse competindo com atletas não deficientes ao dizer que suas próteses poderiam dar mais impulso do que as pernas humanas.
Pistorius recorreu da decisão perante a Corte Arbitral do Esporte (CAS), que ficou a seu favor ao considerar que não estava provado que obtivesse vantagem com as pernas mecânicas.
Mas "Blade Runner", como é apelidado, não alcançou a marca classificatória para os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008.
No entanto, nos Paralímpicos da capital chinesa ganhou três medalhas de ouro nas distâncias de 100, 200 e 400 metros.
Em 2009, o esportista fracassou em sua tentativa de conseguir a marca mínima para os Mundiais de Atletismo da Alemanha.
Em 26 de janeiro de 2011, foi derrotado pela primeira vez na carreira paralímpica, na prova dos 100 metros, pelo americano Jerome Singleton, o que fez com que ficasse com a prata no Mundial da Nova Zelândia.
Pistorius somou nesta competição três medalhas de ouro, nas provas de 200, 400 e na de revezamentos 4x100 metros.
Em julho de 2011, ganhou os 400 metros na competição italiana de Lignano, que lhe qualificou para os Mundiais de Daegu.
No evento sul-coreano, Pistorius chegou às semifinais da prova dos 400m e com seus companheiros à final de 4x400 metros, uma prova na qual estabeleceu um recorde nacional (2min59s21).
Sua maior façanha, no entanto, estava por acontecer: em 4 de julho de 2012, o Comitê Olímpico Sul-Africano anunciou sua inclusão na equipe olímpica para as provas de 400 e 4x400 metros em Londres.
O atleta se transformava, assim, no primeiro esportista da história com as duas pernas amputadas a participar de uma Olimpíada.
Pistorius se classificou com um tempo de 45s44 para as semifinais da prova de 400 metros, mas não conseguiu chegar na final.
Sua equipe se classificou para a final de 4x400m ficando em penúltimo, e Pistorius levou a bandeira sul-africana na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres.
O corredor também participou dos Jogos Paralímpicos realizados em setembro, onde conquistou o ouro nos 400m após bater o recorde paralímpico com um tempo de 46s68.
Sua paixão pelas corridas é refletida em uma tatuagem visível em sua costas, que reproduz o seguinte verso bíblico. "Eu não circulo como um homem que corre sem rumo".
No lado pessoal, Pistorius teve uma agitada e ativa vida pessoal que frequentemente foi estampada pela imprensa. Em 2012, rompeu definitivamente com sua então companheira Vicky Miles e engatou um namoro com a modelo Reeva Stenkamp.
Johanesburgo - O atleta sul-africano Oscar Pistorius, conhecido por ser o primeiro atleta deficiente físico a ter disputado uma edição dos Jogos Olímpicos, passou nesta quinta-feira de ídolo mundial e ícone de superação ao papel de acusado pela polícia pelo suposto assassinato de sua namorada.
O corpo da modelo Reeva Steenkamp, de 30 anos, foi encontrado nesta quinta com quatro disparos na casa de Pistorius, que foi detido como suposto autor do crime e comparecerá na sexta-feira perante um juiz na capital sul-africana.
A história de Pistorius é de êxito e superação e reconhecida de forma unânime, só que agora ficará marcada por este trágico fato pessoal que ainda não foi esclarecido.
Nascido em Johanesburgo em 2 de novembro de 1986, Pistorius nasceu sem o perônio e foi submetido a uma operação de amputação abaixo dos joelhos aos 11 meses.
Já aos 15 anos, sofreu um duro golpe emocional, a morte de sua mãe, Sheila, que sempre teve uma grande influência sobre o atleta.
Com suas pernas ortopédicas e demonstrando a grande vontade para triunfar, o atleta jogou polo aquático, tênis e rúgbi, quando aos 16 anos optou pelo atletismo, depois de ter sofrido uma lesão em uma partida de rúgbi.
Após nove meses de duros trabalhos com o treinador de velocistas Ampie Louw, Pistorius começou a competir com duas próteses de carbono em forma de "J".
Em 2004, participou dos Jogos Paralímpicos de Atenas, onde conquistou uma medalha de ouro e uma de bronze.
Dois anos depois, foi campeão do mundo nas distâncias de 100, 200 e 400 metros, na cidade holandesa de Assen.
Mas Pistorius não se conformava em ser o melhor entre os atletas paralímpicos e queria competir com esportistas sem deficiência física.
Em 2007, teve suas primeiras oportunidades, e em 13 de julho, foi o segundo nos 400m na Golden Gala de Roma.
Mas neste mesmo ano, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) impediu que o atleta seguisse competindo com atletas não deficientes ao dizer que suas próteses poderiam dar mais impulso do que as pernas humanas.
Pistorius recorreu da decisão perante a Corte Arbitral do Esporte (CAS), que ficou a seu favor ao considerar que não estava provado que obtivesse vantagem com as pernas mecânicas.
Mas "Blade Runner", como é apelidado, não alcançou a marca classificatória para os Jogos Olímpicos de Pequim de 2008.
No entanto, nos Paralímpicos da capital chinesa ganhou três medalhas de ouro nas distâncias de 100, 200 e 400 metros.
Em 2009, o esportista fracassou em sua tentativa de conseguir a marca mínima para os Mundiais de Atletismo da Alemanha.
Em 26 de janeiro de 2011, foi derrotado pela primeira vez na carreira paralímpica, na prova dos 100 metros, pelo americano Jerome Singleton, o que fez com que ficasse com a prata no Mundial da Nova Zelândia.
Pistorius somou nesta competição três medalhas de ouro, nas provas de 200, 400 e na de revezamentos 4x100 metros.
Em julho de 2011, ganhou os 400 metros na competição italiana de Lignano, que lhe qualificou para os Mundiais de Daegu.
No evento sul-coreano, Pistorius chegou às semifinais da prova dos 400m e com seus companheiros à final de 4x400 metros, uma prova na qual estabeleceu um recorde nacional (2min59s21).
Sua maior façanha, no entanto, estava por acontecer: em 4 de julho de 2012, o Comitê Olímpico Sul-Africano anunciou sua inclusão na equipe olímpica para as provas de 400 e 4x400 metros em Londres.
O atleta se transformava, assim, no primeiro esportista da história com as duas pernas amputadas a participar de uma Olimpíada.
Pistorius se classificou com um tempo de 45s44 para as semifinais da prova de 400 metros, mas não conseguiu chegar na final.
Sua equipe se classificou para a final de 4x400m ficando em penúltimo, e Pistorius levou a bandeira sul-africana na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres.
O corredor também participou dos Jogos Paralímpicos realizados em setembro, onde conquistou o ouro nos 400m após bater o recorde paralímpico com um tempo de 46s68.
Sua paixão pelas corridas é refletida em uma tatuagem visível em sua costas, que reproduz o seguinte verso bíblico. "Eu não circulo como um homem que corre sem rumo".
No lado pessoal, Pistorius teve uma agitada e ativa vida pessoal que frequentemente foi estampada pela imprensa. Em 2012, rompeu definitivamente com sua então companheira Vicky Miles e engatou um namoro com a modelo Reeva Stenkamp.