Os 10 melhores restaurantes do mundo
Edição 2011 do ranking premiou restaurante nórdico com o primeiro lugar, mas também agraciou espanhóis, americanos e um brasileiro
Gabriela Ruic
Publicado em 10 de março de 2013 às 08h17.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h34.
São Paulo - Anualmente, cerca de 800 jurados de diferentes áreas da gastronomia mundial são consultados pela revista britânica Restaurant para elegerem seus favoritos do ano. Pela segunda vez consecutiva, o dinamarquês Noma leva o título, numa lista dominada por espanhóis e que agora também conta com um representante canarinho entre melhores restaurantes do mundo, o D.O.M., liderado pelo paulistano Alex Atala. Mas, na lista completa, com cerca de 100 estabelecimentos, outros dois brazucas também aparecem: o Fasano, na 59ª posição, e o Maní, na 74ª. Deu água na boca? Confira então nas próximas páginas, quais restaurante serviram as melhores refeições para a crítica especializada:
Há duas edições consecutivas do prêmio, o Noma, restaurante dinamarquês chefiado por René Redzepi é o número um absoluto entre os melhores restaurantes do mundo. Para a Restaurant, a combinação entre o uso de ingredientes simples e impecável execução dos pratos, todos de origem nórdica, é, literalmente, a receita do sucesso. Ainda de acordo com a publicação, a experiência gastronômica, oferecida por toda a equipe do restaurante, é emocionante e intensa.
A sofisticada lista preparada pela Restaurant dá espaço de sobra para restaurantes familiares. Um deles, que segura com honra a segunda posição entre os melhores, é o El Celler de Can Roca, administrado pelos irmãos Joan, Josep e Jordi Roca. A culinária do El Celler é definida como emocionante, uma vez que a mistura de ingredientes diferentes é, de acordo com a publicação, capaz de suscitar memórias afetivas agradáveis do passado a quem aparece por aquelas bandas para uma refeição.
Segundo espanhol a aparecer na exclusiva seleção dos melhores restaurantes do mundo, o Mugaritz é conhecido por um menu que muda de acordo com os ingredientes que o chef Andoni Luiz Aduriz consegue de mais fresco nos mercados locais ou na horta do próprio restaurante. Segundo a Restaurant, a proposta do Mugaritz é simples: ligar seus clientes à natureza. Proposta que, pelo visto, deu certo. O restaurante veio da quinta posição na edição 2010 do prêmio diretamente para a terceira colocação.
Além de galgar duas posições desde a última edição do prêmio, o Osteria Francescana é carimbado com duas estrelas pelo famosos Guia Michelin e é considerado o melhor restaurante italiano. A culinária do inventivo Massimo Bottura é definida pela Restaurant como excitante e gratificante.
Um dos únicos restaurantes do Reino Unido a receber três estrelas do famoso Guia Michelin, o Fat Duck, apesar de bem ranqueado, não está necessariamente em seu melhor momento. Há dois anos atrás, o local passou pelo vexame de ter sido interditado pela vigilância sanitária inglesa, sob suspeitas de intoxicações alimentares. Além disso, o restaurante caiu duas posições desde a edição do ano passado da lista dos melhores do mundo. Ainda sim, a Restaurant celebra o fato de seu chef Heston Blumenthal ter sido o percursor da culinária experimental no Reino Unido e define a experiência de comer no Fat Duck como divertida e sorridente.
As panelas do Alínea são coordenadas pelo chef Grant Achatz, num restaurante que é sucesso em Chicago. Além de estar colocado entre os dez melhores de acordo com os críticos ouvidos pela Restaurant, o Alínea conta com a marca máxima do reconhecido Guia Michelin, as famosas três estrelas. Para a Restaurant, absolutamente tudo no Alínea é único: desde sua culinária desconstruída, passando pela combinações peculiares de sabores até apresentação teatral de cada prato.
Eis que finalmente surge no ranking um representante brasileiro entre os dez melhores restaurantes do mundo. O D.O.M., liderado pelo tatuado Alex Attala, é definido pela Restaurant como um restaurante “prioridade” para entusiastas da gastronomia global. A mistura entre ingredientes brasileiros e da cozinha contemporânea foi a responsável por colocar o restaurante paulistano na rota da crítica e do sucesso internacional.
Terceiro e último espanhol entre os melhores restaurantes do mundo, o Arzak é mais um representante da cozinha familiar. Liderado Juan Mari Arzak e Elena Arzak Espina, que são pai e filha, os pratos do restaurante são descritos como “coloridos e imaginativos” pela Restaurant. De acordo com a revista, a dupla consegue balancear a equação tradição versus inovação de maneira organizada, em conjunto com um serviço caloroso e bem familiar.
Conduzido pelo barbudo Inaki Aizpitarte, o Le Chateaubriand oferece aos seus clientes uma cozinha democrática, acessível e divertida. Além de levar para casa a nona colocação entre os melhores restaurantes do mundo, o Le Chateaubriand ainda fica com títulos interessantes, como o que o considera o restaurante que escalou mais rápido para as primeiras posições. Quando entrou na lista, em 2009, o restaurante estava lá trás, na 40ª posição, passando, incrivelmente, para a 11ª colocação em 2010, até se firmar na 9ª posição na edição atual da lista.
Thomas Keller é o chef responsável pelo manejo das panelas e frigideiras deste que é considerado o décimo melhor restaurante do planeta. Além deste título, o restaurante também carrega o peso da nota máxima conferida pelo Guia Michelin e suas três estrelas. Localizado em Nova York, o Per Se troca diariamente o menu. Ou seja, com oito anos de existência, o restaurante já serviu cerca de 30 mil pratos diferentes, “porém sempre refinados”.