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‘Operação Big Hero’ é um filme de super-herói sem megalomania

bra dos estúdios de animação da Disney, filme não nega influências da Pixar e tem como destaque os ótimos protagonistas - em especial, Baymax

bighero (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 17h50.

Depois de tantos lançamentos de Marvel e, em menor parte, DC Comics, os filmes de super-herói viraram um sinônimo de megalomania. As produções caríssimas viram alvo de especulações anos antes de serem lançadas, e atraem milhões aos cinemas assim que estreiam. Elas rendem também seus milhões, e são normalmente lucrativas para os estúdios. Mas convenhamos: apesar de incríveis, esses longas-metragens épicos também saturam. Por isso mesmo é tão bom ver uma animação como “Operação Big Hero”, inspirada em uma HQ da Marvel, chegando às telonas.

Obra dos estúdios de animação da Disney, o filme não nega a influência que a aquisição da Pixar teve na empresa. Tanto que o produtor-executivo é ninguém menos que John Lassester, diretor dos dois primeiros “Toy Story” e produtor de inúmeros longas-metragens do mesmo estúdio.

Lassester esteve presente também nos recentes “Frozen” e “Detona Ralph”, últimos sucessos da Disney – e com os quais a história do robô Baymax e do prodígio Hiro Hamada guarda algumas semelhanças, em especial no visual bem refinado da cidade de San Fransokyo, uma mistura de São Francisco com Tóquio.

No filme, o jovem de 14 anos é um gênio da robótica que não usa muito sua inteligência para atividades úteis. Em vez de pensar em uma solução para, por exemplo, ajudar pessoas, Hiro prefere gastar seu intelecto para montar robôs e colocá-los em brigas – ilegais, como as rinhas de galo. Mas para sua sorte, seu irmão mais velho, Tadashi, tenta servir como uma influência positiva e levar o potencial do menino à universidade que frequenta. E é lá que o público é apresentado ao incrivelmente rechonchudo robô-bolha Baymax.

Hiro se anima e concorda em entrar para a instituição. Mas para isso precisa desenvolver um projeto brilhante – algo que o pequeno gênio consegue, apesar de levar um tempo pensando. No entanto, no dia em que apresenta seus microbôs ao mundo e garante a vaga na universidade, o menino vê sua invenção e uma parte de sua vida desaparecerem. E quem toma a criação de Hiro para si é um super-vilão não muito inspirado, facilmente a parte mais fraca do filme (apesar de ainda conseguir trazer uma surpresa ao público).

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De forte mesmo temos os seis protagonistas, em especial Baymax. Com aspecto de marshmallow, o enfermeiro robótico presente em quase todas as cenas é, indiscutivelmente, quem mais colabora para tornar a animação tão boa. A máquina se encaixa muito bem nas partes divertidas e, por mais estranho pareça, também nas de ação. E em ambos os casos, muito disso se deve ao fato de ser constantemente um ponto fora da curva, quase sempre alheio à comicidade ou gravidade da situação.

Hiro também tem seus méritos, principalmente pela relação que tem com Tadashi (depois estendida a Baymax). Os momentos em que se lembra do irmão não são poucos, mas, bem distribuídos pelo filme, conseguem trazer toda aquela sensibilidade típica de filmes da Disney.

Seus amigos Fred, Go Go, Wasabi e Honey Lemon já assumem o papel de escudeiros fiéis e essenciais da dupla principal, adicionando um tanto de variedade ao filme e o tornando ainda mais diferente de outras fitas de super-herói.

Mas também há pontos em comum entre Operação Big Hero e um Homem de Ferro, por exemplo. As cenas de ação e de combate contra o vilão estão em menor número, mas aparecem, assim como o conflito particular do herói e a ideia de proteger a humanidade. E apesar de não ser um lançamento tão promovido quanto um Vingadores, o orçamento (160 milhões de dólares) também não é dos menores, e fica acima até do primeiro filme de Tony Stark. Justamente por isso, não dá para tirar a animação do lado de outras obras do gênero, por mais que o público-alvo seja ligeiramente diferente.

Operação Big Hero chega a salas de cinema de todo o Brasil neste Natal.

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