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Fifa faz sorteio da Copa com desânimo russo

ÀS SETE - Pontapé inicial para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018, esrá dado nesta sexta-feira a partir das 13h de Brasília

Sorteio da Copa: 32 seleções serão divididas em oito grupos de quatro equipes
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2017 às 06h42.

Última atualização em 1 de dezembro de 2017 às 07h24.

Será dado nesta sexta-feira o pontapé inicial para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. A partir das 13h de Brasília a FIFA, federação internacional de futebol, realiza em Moscou o sorteio oficial para definir os grupos da primeira fase da competição, que começa no dia 14 de junho.

As 32 seleções serão divididas em oito grupos de quatro equipes. O primeiro pote, o dos “cabeças-de-chave”, inclui seleções tradicionais, como Brasil e Alemanha, mas também equipes pouco expressivas mas bem rankeadas, como a Polônia, a Bélgica, e a Rússia, anfitriã do torneio.

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Com isso, seleções fortes, como Inglaterra e Espanha, foram parar no pote 2, e podem cruzar o caminho do Brasil já na primeira fase.

A empolgação dos russos com sua seleção, apenas a 65ª no ranking da FIFA, deve ficar muito abaixo da vista no último grande evento esportivo organizado pelo país, as Olimpíadas de Inverno em Sochi, em 2014.

Na ocasião, o governo gastou 50 bilhões de dólares na organização do evento, e a Rússia liderou o quadro de medalhas.

Na Copa, o orçamento ficou na casa dos 10 bilhões de dólares, 5 bilhões a menos do que foi gasto pelo Brasil na Copa de 2014.

O legado russo, assim como o brasileiro, é questionado: nas 11 cidades-sede espalhadas pelo país, o risco de elefantes brancos inutilizados após o evento é concreto – como a Mordovia Arena, em Saransk, que possui quase 45.000 lugares para uma cidade de 300.000 habitantes sem tradição no futebol.

Se a empolgação esportiva não é das melhores, a política tampouco tem muito a ganhar com o mundial. Desde que ganhou o direito de sediar a competição, em 2010, a Rússia se envolveu na guerra na Síria, anexou a Crimeia e virou alvo de diversas sanções do Ocidente.

“É um país que deveria estar convidando o mundo para vê-lo, mas ao mesmo tempo, não tem uma relação muito amigável com o mundo”, diz o pesquisador Sven Daniel Wolfe, que estuda os grandes eventos esportivos russos na Universidade de Lausanne, na Suíça.

Quando o presidente da FIFA, Gianni Infantino, terminar de sortear as bolinhas das seleções nesta tarde em Moscou, o clima entre os aficcionados por futebol mundo afora será de expectativa.

Mas, na Rússia, a animação não será das maiores. Nem dentro dos gramados, nem fora deles.

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