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Museu Picasso de Paris deve reabrir após turbulenta reforma

Atrasos, brigas e polêmicas marcaram a reforma da coleção de um dos artistas mais influentes do século 20

Museu Picasso: coleção tem mais de 5.000 pinturas, esculturas, gravuras e arquivos pessoais do pintor (Stephane de Sakutin/AFP)
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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 11h22.

Paris - Pablo Picasso se vangloriou certa vez, dizendo: "Dê-me um museu e eu vou preenchê-lo". Essa aposta foi frustrada em Paris por cinco anos, com os repetidos atrasos, brigas e polêmicas que marcaram a reforma de uma das maiores coleções do mundo de um dos artistas mais influentes do século 20.

Agora, a tão esperada reabertura - adiada por duas vezes no ano passado - está finalmente prevista para 25 de outubro, o aniversário de Picasso, que nasceu em 1881, em Málaga, Espanha , mas passou a maior parte da vida adulta na França até morrer em 1973.

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A abertura do museu, que abriga uma coleção de mais de 5.000 pinturas, esculturas e gravuras, bem como arquivos pessoais de Picasso, vai pôr fim a um período turbulento na cena cultural da cidade.

Anne Baldassari, presidente do museu por nove anos, foi demitida do cargo em maio depois de um desentendimento público com seus funcionários e a ex-ministra da Cultura da França Aurélie Filippetti, que deixou o governo em agosto.

A guerra de palavras, envolvendo até o filho de Picasso, Claude, de 66 anos, que havia apoiado Baldassari e disse ao jornal Le Figaro em maio que a França estava "fazendo uma paródia" de seu pai".

Mesmo vizinhos no elegante bairro do Marais envolveram-se nas disputas, posicionando-se contra uma nova pérgula "cubista" de metal no jardim, que eles disseram que obscurecia a fachada da mansão do século 17.

A reforma, que custou cerca de 52 milhões de euros (66.000 mil dólares), triplicou o tamanho do espaço de exposição, que passou a ter cinco andares, tornando-o mais acessível para o que se espera que seja até 1 milhão de visitantes por ano.

Em substituição a Baldassari assumiu em junho a direção Laurent Le Bon, que dirigia o Centro Pompidou-Metz desde 2010, Filippetti disse então que o novo presidente possuía "todas as qualidades necessárias para fazer da abertura do Museu Picasso a festa tão esperada por todos os franceses".

Enquanto o mundo da arte aguarda a festa de reabertura, o pátio de paralelepípedos do museu será aberto em 4 de outubro para a Nuit Blanche, um evento de arte realizado anualmente à noite em Paris, com um show de luzes na elegante fachada.

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