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Miami é "sede" da Copa graças aos milhares de latinos

Metade da população de Miami nasceu no exterior. Bandeiras das seleções latino-americanas que participam do Mundial já cobrem bares e restaurantes


	Miami: cidade está em clima de Copa do Mundo
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Miami: cidade está em clima de Copa do Mundo (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2014 às 11h19.

Miami - Poucas cidades nos Estados Unidos vivem com tanta intensidade a Copa do Mundo como Miami, que acolhe comunidades imigrantes de vários países latino-americanos que participam do Mundial, que começa nesta quinta-feira no Brasil.

Miami, condado em que metade da população nasceu no exterior, espera que alguma de 'suas' seleções levante a taça. E as chances são grandes, pois ali vivem milhares de torcedores de Brasil, México, Argentina, Colômbia, Honduras, Uruguai, Costa Rica, Chile e Equador.

'Somos os mais barulhentos: temos matracas, trombetas, vuvuzelas e mariachis no intervalo das partidas', explicou à Agência Efe Erksy Ricaño, integrante do grupo Mexicanos em Miami, sobre os preparativos para a Copa.

Ricaño garantiu com orgulho que os cerca de 60 mil mexicanos que vivem no condado poderão assistir aos jogos da 'Tri', como a seleção mexicana é conhecida em seu país, e reeditarão a onda popularizada no Mundial do México 1986 usando sombreros e com os rostos pintados de verde, branco e vermelho.

As bandeiras das seleções latino-americanas que participam do Mundial já cobrem bares e restaurantes de Miami-Dade, onde os torcedores empurrarão as equipes mesmo estando distantes de casa, mas rodeados de compatriotas.

Os atuais campeões do mundo também são presença forte no condado e os mais de 30 mil espanhóis, segundo dados do consulado, estão prontos para celebrar as vitórias da La Roja com vinhos, presuntos e as tradicionais tapas.

'Para a Espanha não será fácil porque ela é a seleção a se bater', disse à Agência Efe Javier P. Palencia, diretor-executivo da Câmara de Comércio Espanha-Estados Unidos.

Para Miami, no entanto, ainda está fresca na memória o pentacampeonato brasileiro conquistado em 2002, quando o verde e amarelo tomaram as ruas da cidade, que celebrou com os brasileiros um esporte que na época buscava conquistar mais popularidade nos Estados Unidos.

A alegria brasileira volta nesta quinta à área financeira de Miami, que fechará uma rua para dar as boas-vindas à Copa com dançarinos, samba, batucada e até um carro alegórico antes da partida inaugural entre Brasil e Croácia.

O adido cultural da Argentina em Miami, Pedro Sondereguer, disse que o dia dos pais será completo se a Argentina vencer a Bósnia no domingo, o que seria um grande começo de torneio para os 50 mil argentinos que moram na cidade. O dia dos pais na Argentina é comemorado sempre no segundo domingo de junho.

Sondereguer garantiu que Miami é, por excelência, uma cidade onde existe uma 'rivalidade fraternal' entre as seleções latino-americanas.

Os residentes de origem colombiana e hondurenha também prometem apoiar suas equipes, pois a maior concentração deles nos Estados Unidos estão justamente no condado de Miami-Dade, com cerca de 114 mil e 55 mil pessoas, respectivamente.

A colombiana Estela López, casada com um mexicano, contou que aposta na seleção de seu país, e na do marido, exceto se elas jogarem uma contra a outra.

Proprietários de um restaurante de uma região de Miami conhecida como 'Pequena Buenos Aires' o casal já prepara a festa para os dias de jogos. 'Certamente virão os mexicanos, mas aqui na quadra há restaurantes de toda a América Latina, brasileiros, colombianos, argentinos, cubanos, peruanos e uruguaios'.

'E quem não tiver seu país competindo, imagino que torcerão pelos Estados Unidos', acrescentou López.

Os Estados Unidos são o país com maior número de imigrantes no mundo, mais de 40 milhões, e isso se reflete também na seleção, graças aos jogadores de origem mexicana Omar González e Nick Rimando e colombiana Alejandro Bedoya.

Todos acreditam que as seleções farão uma boa Copa, mas aconteça o que acontecer os latino-americanos não perdem o orgulho de ser uma comunidade otimista. 'A seleção indo bem ou mal, os mexicanos se vestem de verde e vão torcer', disse à Efe Andrés Ruiz. EFE

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