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Mesmo com cortes, três óperas ganham montagens em SP

Don Giovanni, de Mozart, está em cartaz no Teatro São Pedro; Os Pescadores de Pérolas, de Bizet, no Municipal; e La Traviata, de Verdi no Sérgio Cardoso

Os Pescadores de Pérolas, de Bizet (Theatro Municipal/Instagram/Divulgação)

Os Pescadores de Pérolas, de Bizet (Theatro Municipal/Instagram/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2017 às 08h38.

Um conquistador lendário, uma sacerdotisa hindu, uma cortesã na Paris do século 19. Don Giovanni, de Mozart, está em cartaz desde sábado no Teatro São Pedro; Os Pescadores de Pérolas, de Bizet, estreia nesta segunda, 30, no Teatro Municipal; e, também nesta segunda, uma produção de La Traviata, de Verdi, ocupa o Teatro Sérgio Cardoso, depois de breve turnê pelo interior do Estado. Três personagens, três óperas em cartaz na cidade - uma coincidência feliz em um ano que não tem sido fácil para o gênero.

Os números são pouco animadores. No Municipal, houve até agora apenas duas - em 2016, foram quatro. Os festivais de Belém e Manaus realizaram edições mais enxutas.

No Municipal do Rio, apesar de produções como Jenufa e A Tragédia de Carmen, a temporada tem convivido com paralisações pelos atrasos no pagamento de salários, que na semana passada levaram também ao cancelamento do balé O Lago dos Cisnes.

Don Giovanni é a segunda ópera apresentada pelo São Pedro após a chegada, no final do primeiro semestre, da Santa Marcelina Cultura à gestão do teatro.

A programação inclui ainda a opereta La Belle Hélène, de Offenbach, em novembro. A depender da renovação do contrato de gestão no final deste ano, a entidade terá a próxima temporada para consolidar a nova proposta de repertório e de atividade pedagógica.

A produção é a mesma apresentada no Festival do Theatro da Paz em setembro deste ano, com direção de Mauro Wrona e cenários de Nicolas Boni, mas com novo elenco e direção musical, agora a cargo do maestro Claudio Cruz.

No entanto, tudo precisou ser reconstruído em São Paulo, segundo a Santa Marcelina, por questões de custo e logística: as dimensões dos palcos são diferentes, havia o risco de que o tempo necessário para o transporte dos cenários gerasse atrasos nos ensaios e nas récitas e houve divergências quanto aos termos de cessão de figurinos.

No Municipal de São Paulo, o clima ainda é de incertezas. Depois de Os Pescadores de Pérolas, não há nenhuma confirmação oficial a respeito de outros projetos ainda para esta temporada.

O teatro está sem diretor artístico desde que o Instituto Odeon assumiu sua gestão, em setembro. Não há previsão para o anúncio de um nome, nem posição oficial sobre a informação de que a agenda está sendo preparada por um conselho artístico, composto pelo secretário municipal de Cultura André Sturm, o maestro Roberto Minczuk, o coreógrafo Ismael Ivo e Carlos Gradim, presidente do Odeon. Que papel a ópera terá nas temporadas futuras também é uma incógnita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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