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Top 10 melhores espumantes brasileiros, segundo guia internacional

O guia Descorchados traz a avaliação de vinhos da Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Peru e Bolívia

Espumante: vinho borbulhante. (Anastassiya Bezhekeneva/Getty Images)

Espumante: vinho borbulhante. (Anastassiya Bezhekeneva/Getty Images)

Gilson Garrett Jr.
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 18 de abril de 2024 às 07h01.

Escolher o melhor espumante para provar nem sempre é uma tarefa fácil por conta da grande oferta que temos no mercado brasileiro. Mas o guia Descorchados nos ajuda neste desafio. A publicação traz a avaliação de vinhos da Argentina, Chile, Uruguai, Brasil, Peru e Bolívia. Na edição de 2024, foram mais de 4.000 vinhos degustados de mais de 230 vinícolas argentinas, 210 chilenas, 35 vinícolas uruguaias , 40 brasileiras, 20 vinícolas peruanas e 5 vinícolas bolivianas.

A análise é feita por categorias e em diversos recortes. Na avaliação de espumantes brasileiros elaborados pelo método tradicional, com a segunda fermentação em garrafa, o Cave Geisse Terroir Nature 2020 ficou em primeiro lugar com uma nota de 95. O espumante é um blend com 50% de uvas Chardonnay e 50% de Pinot Noir, castas clássicas da região de Champanhe. A vinícola Geisse ainda aparece no top 10 com um espumante rosé (veja a lista abaixo).

O guia Descorchados está à venda por R$ 295. Cada volume é separado por região, sendo um dedicado à Argentina e outro ao Chile. O terceiro é uma união entre Brasil, Uruguai, Bolívia e Peru.

Os melhores espumantes do Brasil, elaborados pelo método tradicional

Os melhores espumantes do Brasil, elaborados pelo método charmat

Na elaboração de vinhos de borbulha, o método charmat é quando a segunda fermentação do espumante ocorre em tanques de inox, diferente do método tradicional. Geralmente esses rótulos têm um preço mais acessível.

Os melhores vinhos tintos do Brasil

No recorte feito apenas com vinhos tintos brasileiros, 24 estão entre os melhores (veja mais abaixo). A primeira colocação foi dividida entre dois rótulos que receberam 93 pontos – em uma escala que vai até 100. Foram os melhores o Baron Assemblage 2020, da Adolfo Lona, e o Sacramentos Sabina 2023, da Sacramentos Vinifer.

Os melhores vinhos da América do Sul

Na edição de 2024 do Descorchados, dois rótulos da Argentina ganharam, pela primeira vez em 26 anos da publicação, 100 pontos. "Não foi uma iluminação divina. Foi algo muito pensado e muito trabalhado", resume Patricio Tapia, jornalista que há décadas cobre o setor e criou o guia.

Os dois rótulos são de vinícolas extremamente conhecidas e que há anos se dedicam à elaboração vitivinícola: Zuccardi e Catena. A dupla tem em comum se dedicar na extração do que há de melhor da uva Malbec. Receberam a pontuação máxima do Descorchados o Finca Piedra Infinita Supercal 2021, da Zuccardi, e o Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae 2021, da Catena.

Segundo Patricio Tapia, o que fez com que os dois vinhos atingissem a nota mais alta no guia foi um conjunto de fatores, mas o principal deles é o trabalho por trás da uva Malbec. "Tivemos um ano espetacular para a elaboração de vinhos no ano de 2021. Além disso, eu creio que está em um momento de investigação do terroir, de tirar da uva e da região tudo o que ela tem de melhor", diz.

Descorchados 2024. (Divulgação/Divulgação)

Adrianna Vineyard Mundus Bacillus Terrae 2021, da Catena

O vinho da célebre vinícola Catena é feito na região de Mendoza a cerca de 1.400 metros acima do nível do mar, ao norte do Vale do Gualtallary. O que mais chama a atenção neste rótulo é que ele não é envelhecido em barris de madeira, mas em tanques de concreto, processo feito pela primeira vez desde 2011. Isso tirou dele o aroma de madeira, mas conferiu uma explosão de aromas mais minerais e salinos. No Brasil chega importado pela Mistral.

Finca Piedra Infinita Supercal 2021, da Zuccardi

O rótulo é elaborado na região de Altamira a cerca de 1.100 metros de altitude. O experiente enólogo Sebastián Zuccardi teve a ideia de eliminar toda a doçura do Malbec, recorrendo a colheitas precoces e solos ricos em cal. Isso tudo resultou em aromas extremamente florais e frutados, nada pesado. No Brasil é importado pela Grand Cru.

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