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Meghan Markle, uma feminista na casa Windsor

Advogada na série de TV "Suits", a atriz de 36 anos era pouco conhecida quando seu nome apareceu há um ano ligado ao príncipe

diante do anúncio do noivado, jornais questionam o quee certas mulheres da família real farão com uma jovem ferozmente independente (Tasos Katopodis/Getty Images for WICT/Getty Images)

diante do anúncio do noivado, jornais questionam o quee certas mulheres da família real farão com uma jovem ferozmente independente (Tasos Katopodis/Getty Images for WICT/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 11h26.

Última atualização em 27 de novembro de 2017 às 16h07.

Americana e "ferozmente independente". Assim é a atriz americana Meghan Markle, futura mulher do príncipe Harry, da Inglaterra, um sopro de ar fresco para a casa real de Elizabeth II.

Advogada na série de TV "Suits", a atriz de 36 anos, de longos cabelos castanhos e físico esbelto, era pouco conhecida quando seu nome apareceu há um ano ligado ao príncipe.

A relação tornou-se oficial uma semana depois, de maneira inesperada. Na sequência do frenesi midiático, o palácio de Kensington condenou em um comunicado o "sexismo" e o "racismo" contra Meghan nas redes sociais, também atacando a imprensa por seu "assédio" à atriz.

Quatro dias antes, o jornal The Sun, o mais vendido do país, trazia na capa: "A amiga de Harry, no Pornhub", um site de vídeos para adultos.

O "crime" da atriz foi ter tirado a camisola em uma cena da série "Suits" que acabou na plataforma de vídeos pornográficos.

"Mulher ativa"

Uma imagem distante da realidade dessa jovem que, a pedido de Harry, se envolveu em atividades de caridade. De acordo com sua conta na rede social Instagram, faz ioga e bebe suco de vegetais.

O único porém é que a atriz, três anos mais velha do que Harry, é divorciada, não tardaram em alardear os tablóides, desenterrando fotos de seu primeiro casamento (2011-2013) com um produtor de cinema.

No entanto, não há nada que se saiba sobre ela que possa impedir o casamento, pelo contrário, estimou Penny Junor, biógrafa do príncipe. "Acredito que não haverá nenhum problema, e o fato de não pertencer à realeza pode ser uma vantagem", explicou à AFP.

"Isso mostrará que Harry é um homem profundamente moderno e não uma criatura estranha, vinda de outro planeta, como às vezes são percebidos os membros da Casa Real", acrescentou.

Alguns estimam, no entanto, que a independência da atriz - que morava em Toronto, no Canadá, e manteve o relacionamento com o príncipe à distância - poderia casar mal com os Windsors.

Ferozmente independente

"Suponhamos que Meghan seja a mulher certa, mas que quer continuar sua carreira no mundo do entretenimento, uma vez princesa. Será que seguirá seu coração (se casando) ou sua cabeça (não se casando)?", questionou o Daily Mail.

"É fácil ver o que o despreocupado príncipe Harry e Meghan Markle têm em comum. Mas o que é menos claro é o que certas mulheres da família real farão com uma jovem ferozmente independente".

Porque, além de seu papel como embaixadora da organização não governamental World Vision Canada, que trabalha em defesa das crianças em países em desenvolvimento, Meghan Markle expressa regularmente suas convicções feministas, forjadas durante sua infância em Los Angeles, Califórnia.

"Aos 11 anos de idade conseguiu fazer com que um fabricante de detergente para louça modificasse um anúncio, depois de escrever para a então primeira-dama Hillary Clinton (...), reclamando que o anúncio insinuava que o lugar da mulher era na cozinha", escreveu a BBC.

Em um discurso pronunciado em 2015 no Dia Internacional da Mulher, lançou: "as mulheres devem ter um lugar ao redor da mesa (...) E, em certos casos, se este lugar lhe é negado, precisam criar sua própria mesa".

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