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Médicos de Tóquio pedem cancelamento da Olimpíada devido à pandemia

A Associação de Profissionais Médicos de Tóquio disse que os hospitais da cidade-sede do evento "estão cheios de trabalho e quase não têm capacidade restante" em meio à disparada de infecções

Olimpíada: o país tem evitado a disseminação explosiva do vírus vista em outras nações, mas o governo é criticado pela campanha de vacinação lenta (Naoki Ogura/Reuters)

Olimpíada: o país tem evitado a disseminação explosiva do vírus vista em outras nações, mas o governo é criticado pela campanha de vacinação lenta (Naoki Ogura/Reuters)

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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2021 às 12h08.

Última atualização em 18 de maio de 2021 às 12h20.

Uma organização médica de destaque de Tóquio expressou apoio aos apelos pelo cancelamento da Olimpíada da capital japonesa, dizendo que os hospitais já estão sobrecarregados agora que o Japão enfrenta um pico de infecções de coronavírus a menos de três meses do início dos Jogos.

A Associação de Profissionais Médicos de Tóquio, que representa cerca de 6.000 médicos de atendimento primário, disse que os hospitais da cidade-sede do evento "estão cheios de trabalho e quase não têm capacidade restante" em meio à disparada de infecções.

"Pedimos enfaticamente que as autoridades convençam o COI [Comitê Olímpico Internacional] que realizar os Jogos é difícil e obtenham sua decisão de cancelar os Jogos", disse a associação em uma carta aberta de 14 de maio ao primeiro-ministro, Yoshihide Suga, que foi publicada em seu site na segunda-feira.

Um salto de infecções provoca alarme em meio à escassez de pessoal médico e leitos hospitalares em algumas áreas da capital japonesa, levando o governo a prorrogar um terceiro estado de emergência em Tóquio e vários outros municípios até 31 de maio.

Os médicos enfrentarão em breve a dificuldade adicional de lidar com pacientes com insolação durante os meses de verão, e se a Olimpíada contribuir para um aumento de mortes, "o Japão terá a responsabilidade máxima", acrescentou a entidade.

O país tem evitado a disseminação explosiva do vírus vista em outras nações, mas o governo é criticado pela campanha de vacinação lenta — só 3,5% de seus cerca de 126 milhões de habitantes foram inoculados, segundo um monitor da Reuters.

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