Matheus Nachtergaele: 'Espero que O Auto da Compadecida 2 lembre como é bom ser brasileiro'
Mais de duas décadas após o primeiro filme, O Auto da Compadecida 2 chega aos cinemas. E no dia do Natal
Repórter de POP
Publicado em 24 de dezembro de 2024 às 08h43.
“Vim contar para vocês a história de João Grilo, que morreu nas escadas da igreja de Taperoá, foi mandado ao purgatório, conversou com Jesus e o Diabo, foi salvo pela misericórdia de Nossa Senhora e voltou à vida em um milagre divino. Como aconteceu? Não sei, só sei que foi assim.”
É essa a narração de Chicó que dá início ao filme O Auto da Compadecida 2 , sequência de um clássico nacional baseado na obra teatral de mesmo nome de José Saramago, que chega aos cinemas neste Natal, 25 de dezembro.
Com direção de Flávia Lacerda e Guel Arraes — diretor também do primeiro longa —, o segundo filme traz de volta Selton Mello como Chicó, Matheus Nachtergaele como João Grilo, Virgínia Cavendish como Rosinha e Enrique Díaz como Joaquim Brejeiro. Acrescenta como novidades no elenco Taís Araújo (A Compadecida), Fabíula Nascimento (Clarabela), Eduardo Sterblitch (Arlindo), Humberto Martins (Coronel Ernani) e Luís Miranda (Antônio do Amor).
A sequência narra a mais nova aventura de Chicó e João Grilo, 24 anos após os eventos do primeiro longa, que teve mais de 2 milhões de espectadores. “Quando veio a oportunidade de fazer um segundo filme, eu sabia o tamanho do desafio, mas estava confiante de que seria algo tão bom quanto, especialmente por causa da equipe toda de volta”, disse Selton Mello, em entrevista à EXAME Casual, dois dias após a primeira estreia da produção, na CCXP24. “Chicó tem uma frase famosa em que ele diz que tem medo e é covarde, o que é muito engraçado do personagem. Eu, Selton, sou bem diferente dele: diante do segundo filme me sinto forte e corajoso para acreditar que é uma produção tão boa quanto a primeira.”
Ainda que Chicó seja um dos personagens mais icônicos e centrais da história, é a interpretação de Matheus Nachtergaele para João Grilo que rouba a cena no novo filme. Os minutos finais sustentam um monólogo dele com ele mesmo, de suma importância para a narrativa — e entre os momentos mais aguardados da produção.
“Tenho a esperança de que O Auto da Compadecida 2 lembre a todos que é muito bom ser brasileiro e que devemos construir este país juntos, respeitá-lo, amá-lo, e aprender a transformar aquilo que há de mais simples e popular no Brasil em alta cultura, fundamental, de base. É uma oportunidade incrível, inclusive, para eu exercitar novamente meu instrumental de palhaço”, disse o ator.