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Luto na "disco" após mortes de Robin Gibb e Donna Summer

Os dois artistas foram responsáveis por propagar mundialmente a disco music nos anos 1970

Robin Gibb, um dos fundadores do Bee Gees, morreu de câncer: o grupo transformou o ritmo em um fenômeno mundial graças aos "Embalos de sábado à noite", de 1977 (Tobias Schwarz/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 13h34.

Paris - A música disco está de luto após a morte de Donna Summer e Robin Gibb, dois dos artistas que propagaram mundialmente os embalos de sábado à noite de Nova York nos anos 1970 e que passaram em poucos anos das casas noturnas para o topo das paradas de sucesso.

O cantor e um dos fundadores do Bee Gees morreu neste domingo aos 62 anos vítima de câncer no fígado e no estômago, complicado por uma pneumonia.

Três dias antes, Donna Summer também faleceu por causa de um câncer, aos 63 anos.

A diva negra americana da voz quente e sensual e o esbelto britânico de um falsete inimitável tinham em comum o fato de popularizarem, como raramente na história da música, um gênero nascido no mundo da noite.

A 'disco music' surgiu no final dos anos 1960 nos clubes de Nova York e da Filadélfia frequentados pelas comunidades afro-americana, latina e gay.

Os especialistas lutam para chegar a um acordo sobre a primeira música disco da história: "Soul Makossa", de Manu Dibango, "Rock the Boat", do The Hues Corporation, ou "Rock Your Baby", de George McCrae.

De qualquer maneira, os ingredientes são claramente identificados: uma mistura de soul, funk e pop, sintetizadores frequentemente associados com metais e cordas e, sobretudo, um ritmo binário muito marcado.

Os discos selecionados e remixados por DJs têm uma função: fazer dançar.

A partir de 1974, o gênero saiu das discotecas. A disco começou a tocar nos rádios e a subir nas vendas.

Apoiada pelos produtores europeus Giorgio Moroder e Pete Bellotte, Donna Summer foi rapidamente coroada a "Rainha do Disco".

Mas foram os Bee Gees que transformaram o ritmo em um fenômeno mundial, graças aos "Embalos de sábado à noite", de 1977, para o qual compuseram as músicas mais famosas ("Stayin' Alive", "Night Fever" ...).

Depois de experimentar o sucesso nos anos 1960 com baladas folk, o trio britânico decidiu avançar em direção ao rhythm'n'blues e ao funk.

"Os embalos de sábado à noite", do qual participaram apenas de forma fortuita, a pedido de seu produtor, trouxe a fama e obrigou o mundo a adotar os códigos da discoteca, suas coreografias e roupas da moda.

Em pouco tempo a onda disco invadiu as paradas de sucesso internacionais. Chic, Gloria Gaynor, The Jacksons, The Village People nos Estados Unidos, e ABBA, Boney M, Cerrone na Europa encantaram as multidões.

Os astros do rock e do pop aderiram à nova moda: Diana Ross, Elton John e até mesmo os Rolling Stones ("Miss You" em 1978) entraram no disco.

Na França, as estrelas dos yéyés, Claude François e Sheila, foram reinventados sob os globos espelhados.

Violentamente ridicularizado por fãs do rock, a música disco começou o seu declínio nos Estados Unidos em 1979.

As estrelas desapareceram em poucas semanas das paradas, mas o gênero impregnou o pop e a "dance music".

"Um dia em Berlim (em 1977), Brian Eno veio correndo me contar 'eu acabei de ouvir o som do futuro'. 'Essa canção vai mudar a música das discotecas nos próximos quinze anos'. Era I feel love de Donna Summer", contou David Bowie em uma retrospectiva de sua carreira.

Trinta e cinco anos depois, artistas como Madonna e Gossip ainda utilizam o disco em seus últimos álbuns.

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O cantor e um dos fundadores do Bee Gees morreu neste domingo aos 62 anos vítima de câncer no fígado e no estômago, complicado por uma pneumonia.

Três dias antes, Donna Summer também faleceu por causa de um câncer, aos 63 anos.

A diva negra americana da voz quente e sensual e o esbelto britânico de um falsete inimitável tinham em comum o fato de popularizarem, como raramente na história da música, um gênero nascido no mundo da noite.

A 'disco music' surgiu no final dos anos 1960 nos clubes de Nova York e da Filadélfia frequentados pelas comunidades afro-americana, latina e gay.

Os especialistas lutam para chegar a um acordo sobre a primeira música disco da história: "Soul Makossa", de Manu Dibango, "Rock the Boat", do The Hues Corporation, ou "Rock Your Baby", de George McCrae.

De qualquer maneira, os ingredientes são claramente identificados: uma mistura de soul, funk e pop, sintetizadores frequentemente associados com metais e cordas e, sobretudo, um ritmo binário muito marcado.

Os discos selecionados e remixados por DJs têm uma função: fazer dançar.

A partir de 1974, o gênero saiu das discotecas. A disco começou a tocar nos rádios e a subir nas vendas.

Apoiada pelos produtores europeus Giorgio Moroder e Pete Bellotte, Donna Summer foi rapidamente coroada a "Rainha do Disco".

Mas foram os Bee Gees que transformaram o ritmo em um fenômeno mundial, graças aos "Embalos de sábado à noite", de 1977, para o qual compuseram as músicas mais famosas ("Stayin' Alive", "Night Fever" ...).

Depois de experimentar o sucesso nos anos 1960 com baladas folk, o trio britânico decidiu avançar em direção ao rhythm'n'blues e ao funk.

"Os embalos de sábado à noite", do qual participaram apenas de forma fortuita, a pedido de seu produtor, trouxe a fama e obrigou o mundo a adotar os códigos da discoteca, suas coreografias e roupas da moda.

Em pouco tempo a onda disco invadiu as paradas de sucesso internacionais. Chic, Gloria Gaynor, The Jacksons, The Village People nos Estados Unidos, e ABBA, Boney M, Cerrone na Europa encantaram as multidões.

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Violentamente ridicularizado por fãs do rock, a música disco começou o seu declínio nos Estados Unidos em 1979.

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"Um dia em Berlim (em 1977), Brian Eno veio correndo me contar 'eu acabei de ouvir o som do futuro'. 'Essa canção vai mudar a música das discotecas nos próximos quinze anos'. Era I feel love de Donna Summer", contou David Bowie em uma retrospectiva de sua carreira.

Trinta e cinco anos depois, artistas como Madonna e Gossip ainda utilizam o disco em seus últimos álbuns.

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