Exame Logo

Judoca refugiado Popole Misenga conquista a torcida

Misenga perdeu para o sul-coreano Donghan Gwak, atual campeão mundial, ao levar um ippon a cerca de um minuto do fim da luta

Popole Misenga: ao sair do tatame, nada de choro ou lamentações normalmente vistos pelos judocas derrotados (Elsa/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 14h16.

Rio de Janeiro - O judoca congolês Popole Misenga perdeu em sua segunda luta na Rio 2016 , mas o resultado era o que menos importava. Competindo pela equipe de refugiados, o atleta foi ovacionado pela torcida brasileira.

Misenga perdeu para o sul-coreano Donghan Gwak, atual campeão mundial, ao levar um ippon a cerca de um minuto do fim da luta.

Ao sair do tatame, nada de choro ou lamentações normalmente vistos pelos judocas derrotados. Ele abraçou o técnico brasileiro Geraldo Bernardes, com quem trabalha no Instituto Reação, mesmo local onde treina a campeão olímpica Rafaela Silva.

"Não imaginava estar aqui", disse ele, após aplaudir e ser aplaudido pela torcida brasileira na Arena Carioca 2.

O judoca, de 24 anos, estava orgulhoso com o combate difícil que proporcionou ao campeão mundial. Seu técnico também estava realizado.

"Foi um trabalho que realizamos no Instituto Reação e está aí o resultado. Ele tem um merecimento muito grande, mesmo porque não participou das principais competições internacionais", disse Bernardes.

Misenga é integrante da primeira equipe de refugiados a disputar os Jogos Olímpicos.

Ele chegou ao Rio em 2013 para participar de um campeonato de judô e viu na viagem a oportunidade de buscar um futuro melhor longe de seu país natal, onde a instabilidade política e os conflitos armados deixaram milhões de mortos nas últimas décadas --incluindo sua mãe, morta quando ele tinha apenas 8 anos.

Ao lado da compatriota e também judoca Yolanda Mabika, Misenga fugiu do hotel onde estava hospedado no Rio e passou um período nas ruas na capital fluminense até encontrar abrigo em uma favela da zona norte carioca, onde vive uma pequena comunidade de congoleses.

Depois de um período sobrevivendo à base de ajuda e de trabalhos informais, Misenga conseguiu se estabelecer como refugiado, se casou com uma brasileira --com quem tem um filho-- e reencontrou o judô, esporte ao qual foi apresentado no Congo como parte de um programa do governo para crianças órfãs.

No Rio, passou a treinar no Instituto Reação, criado pelo medalhista olímpico brasileiro Flávio Canto para levar a modalidade a comunidades carentes.

Veja também

Rio de Janeiro - O judoca congolês Popole Misenga perdeu em sua segunda luta na Rio 2016 , mas o resultado era o que menos importava. Competindo pela equipe de refugiados, o atleta foi ovacionado pela torcida brasileira.

Misenga perdeu para o sul-coreano Donghan Gwak, atual campeão mundial, ao levar um ippon a cerca de um minuto do fim da luta.

Ao sair do tatame, nada de choro ou lamentações normalmente vistos pelos judocas derrotados. Ele abraçou o técnico brasileiro Geraldo Bernardes, com quem trabalha no Instituto Reação, mesmo local onde treina a campeão olímpica Rafaela Silva.

"Não imaginava estar aqui", disse ele, após aplaudir e ser aplaudido pela torcida brasileira na Arena Carioca 2.

O judoca, de 24 anos, estava orgulhoso com o combate difícil que proporcionou ao campeão mundial. Seu técnico também estava realizado.

"Foi um trabalho que realizamos no Instituto Reação e está aí o resultado. Ele tem um merecimento muito grande, mesmo porque não participou das principais competições internacionais", disse Bernardes.

Misenga é integrante da primeira equipe de refugiados a disputar os Jogos Olímpicos.

Ele chegou ao Rio em 2013 para participar de um campeonato de judô e viu na viagem a oportunidade de buscar um futuro melhor longe de seu país natal, onde a instabilidade política e os conflitos armados deixaram milhões de mortos nas últimas décadas --incluindo sua mãe, morta quando ele tinha apenas 8 anos.

Ao lado da compatriota e também judoca Yolanda Mabika, Misenga fugiu do hotel onde estava hospedado no Rio e passou um período nas ruas na capital fluminense até encontrar abrigo em uma favela da zona norte carioca, onde vive uma pequena comunidade de congoleses.

Depois de um período sobrevivendo à base de ajuda e de trabalhos informais, Misenga conseguiu se estabelecer como refugiado, se casou com uma brasileira --com quem tem um filho-- e reencontrou o judô, esporte ao qual foi apresentado no Congo como parte de um programa do governo para crianças órfãs.

No Rio, passou a treinar no Instituto Reação, criado pelo medalhista olímpico brasileiro Flávio Canto para levar a modalidade a comunidades carentes.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesJudôMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRefugiadosRio de Janeiro

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame