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Ian Fleming, o homem por trás de James Bond

Como matéria-prima para seus romances sobre o agente secreto, o jornalista usou muitas das suas experiências na Inteligência Naval durante a Segunda Guerra Mundial

Imagem de Ian Fleming, jornalista britânico criador do agente secreto James Bond, no início dos anos 1960: o livro só se transformou em filme em 2006 (AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2012 às 13h13.

Londres - Ian Fleming, o criador do agente secreto James Bond , utilizou como matéria-prima para seus romances muitas das experiências que teve na Inteligência Naval durante a Segunda Guerra Mundial.

O autor britânico, proveniente de uma rica família de banqueiros, publicou seu primeiro livro protagonizado por Bond, "Cassino Royale", em 1953, quando a Guerra fria estava em plena atividade.

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Mas o livro só se transformou em filme em 2006, já que o primeiro livro a ser levado para os cinemas foi "007 Contra o Satânico Dr. No", que chegou às telas no dia 5 de outubro de 1962. É justamente esse filme que faz parte das festividades dos 50 anos dos filmes de Bond, comemorado nesta sexta-feira.

Muitos dos livros se centraram em temas de espionagem Leste-Oeste, com o tempero adicional de sexo e de um estilo de vida elegante que levaram à criação da expressão "Bond girls" para descrever a legião de jovens mulheres atraentes que terminaram na cama do agente secreto.

Fleming, que trabalhou como jornalista e também como banqueiro e corretor de ações antes da guerra, escreveu um total de 14 livros de Bond, dois deles coleções de histórias curtas. O último foi "007 Contra o Homem com a Pistola de Ouro" e foi lançado em 1965.

Outros best-sellers foram "Moscou contra 007" (1957), "007 Contra o Satânico Dr. No" (1958), "007 Contra Goldfinger" (1955) e "Thunderball" (1965).

Além dos livros de Bond, Fleming também escreveu "Chitty-Chitty-Bang-Bang - O Carro Mágico" (1964), uma história infantil que depois se tornou um filme de grande sucesso.


Ele escreveu a maior parte de suas obras na ilha caribenha da Jamaica, onde possuía uma casa, construída após a guerra.

O escritor era entusiástico da observação de aves, e um dos livros de pássaros apreciados por ele foi escrito por um certo especialista chamado James Bond. O nome tomou a imaginação de Fleming, e assim a lenda nasceu.

Fleming contou que, quando, posteriormente, conheceu o ornitologista em questão, ele parecia não estar preocupado com a carreira extraordinária na qual seu nome havia embarcado.

Fleming se casou com Ann Charteris em 1952; o casal teve um filho, que cometeu suicídio em 1975. A esposa do escritor faleceu em 1981.

Fleming, fumante e apreciador de bebidas alcóolicas por toda a vida, faleceu em 1964 por um ataque cardíaco aos 56 anos, apenas dois anos após o lançamento do primeiro filme de Bond, "007 Contra o Satânico Dr. No".

Com Sean Connery no papel de Bond e Ursula Andress como a primeira das muitas "Bond girls", o filme chamou a atenção de uma geração inteira para o personagem.

A franquia de filmes James Bond esgotou há muito tempo os títulos escritos por Fleming, e outros escritores foram chamados para continuar a tradição.

A mais recente história de Bond, "Carta Branca", escrita pelo autor americano Jeffrey Deaver, foi lançada em 2011, e outra está sendo produzida pelo novelista britânico William Boyd, com previsão de lançamento no próximo ano.

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