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Havaianas: o chinelo de tiras é o calçado preferido na pandemia

Mais do que Arezzo, mais do que Democrata. A marca da Alpagartas é a vencedora da categoria na pesquisa realizada pela Casual entre os leitores da EXAME

Meias para usar com Havaianas: hit do isolamento (Divulgação/Divulgação)

Meias para usar com Havaianas: hit do isolamento (Divulgação/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 22 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 22 de abril de 2021 às 07h12.

Não existe calçado mais democrático do que um par de Havaianas. “O milionário e o motorista de ônibus usam o mesmo chinelo de dedo e pagam os mesmos 17,90 reais”, diz Fernanda Romano, diretora de marketing da Alpargatas, que controla a Havaianas.

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Esse é sem dúvida um dos fatores que contaram para a boa colocação da marca na Casual Brands, pesquisa de marcas mais admiradas em estilo de vida realizada pela Casual com os leitores da EXAME, em que 932 pessoas responderam. A Havaianas venceu na categoria calçados, com 27,16% da preferência. Em seguida veio a Arezzo, marca de calçados femininos voltado para o público A/B, com 23,05%. E na terceira colocação está a Democrata, de sapatos masculinos, com 18,94%

As sandálias que não soltam as tiras viraram hit durante o isolamento, quase o traje oficial de quem teve - e pôde, claro - ficar em casa na pandemia. Home office pede conforto. Como inovação, a Havianas lançou até uma meia própria para ser usada com o chinelo.

A empresa teve agilidade para se adaptar ao novo momento. De maio até o fim do ano passado, a Havaianas ativou 40 mil novos pontos de venda, passando de 260 mil para 300 mil posições, como por exemplo supermercados que puderam funcionar nos períodos mais críticos da pandemia.

A transformação digital também foi acelerada. Em outubro a companhia trouxe para dentro de casa toda a estratégia digital e passou a cuidar ela própria do canal de e-commerce, que antes terceirizado. Também nesse período foi lançacada a ponto.com da Havaianas, com uma apresentação moderna e totalmente repaginada, com foco em situações de uso - e que, claro, aproveitam para apresentar novos produtos, com vestuário e acessórios da marca.

Os resultados das ações nos números. A receita líquida da empresa alcançou R$ 1,1 bilhão, com crescimento de 10,5% sobre igual período do ano passado. O Ebitda recorrente da operação alcançou R$ 283 milhões nos três últimos meses do ano, com margem de 25,6%.

Também no ano passado, pela primeira vez, a Havaianas se associou a uma causa social, com o lançamento da linha Pride. Parte da receita das vendas dos chinelos dessa coleção é destinado à ONG All Out, de defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+. Foram vendidos já 150.000 unidades da Pride, com arrecadação de 260.000 reais, empregadas em ações da All Out no mundo inteiro.

Soma-se a isso o enorme portfólio da Havaianas, com mais de 200 famílias de modelos. Tem desde a baratinha de menos de 20 reais até o modelo Tradi Zori. Mais robusto, esse chinelo tem camada tripla, tira de tecido e formato mais quadrado. Seu posicionamento é o mesmo dos sneakers. As edições são limitadas, algumas com cores bastante chamativas.

Também admirada, a Arezzo, sinônimo de sapatos femininos de qualidade, teve destaque no ano passado, com a expansão do grupo capitaneado por Alexandre Birman. A empresa lançou no ano passado uma sandália de tiras também, a BriZZa, com campanhas com a atriz Bruna Marquezine no intervalo do Fantástico. Realmente chinelos estão em alta.

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