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'Fotojornalismo é mais difícil hoje', diz Steve McCurry

Aos 62 anos, McCurry volta à tona não por causa do registro de um conflito bélico, mas por ter assinado as imagens do famoso Calendário Pirelli 2013

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 19h04.

Rio de Janeiro - O fotógrafo americano Steve McCurry, reconhecido mundialmente por ter retratado o drama da guerra através dos olhos verdes de uma menina afegã em um campo de refugiados, avaliou nesta terça-feira com pessimismo a condição do fotojornalismo como profissão, assegurando que é ''mais difícil exercer a profissão hoje do que há 30 anos''.

Em entrevista à Agência Efe no Rio de Janeiro, o renomado fotógrafo, que já foi agraciado com a Medalha de Ouro Robert Capa de melhor reportagem fotográfica e com quatro prêmios World Press Photo, explicou que este é o momento dos fotojornalistas se renovarem para ''encontrar novas formas de contar histórias e, inclusive, de viver''.

''Estamos vivendo um momento de transição. Acho que haverá um futuro bom, mas é preciso trabalhar duro para isso'', assinalou o fotógrafo que em 1984 captou a essência do conflito no Afeganistão através da famosa imagem ''Menina Afegã'', estampada na capa da revista ''National Geographic''.

Aos 62 anos, McCurry volta à tona não por causa do registro de um conflito bélico, mas por ter assinado as imagens do famoso Calendário Pirelli 2013, que, graças a sua visão de ativista, passou a ter um conteúdo mais próximo de um compromisso social, incluindo a seleção das modelos.

Desta forma, McCurry, que nasceu no subúrbio da Filadélfia, nos Estados Unidos, se transformou no primeiro fotógrafo da mítica agência Magnum a realizar o tradicional calendário da marca de pneus.

''Fui convidado, passei minhas condições e me senti cômodo com a realização do projeto. Eles também acataram minha sugestão de selecionar modelos apaixonadas por fazer do mundo um lugar melhor'', declarou McCurry, que fotografou a atriz Sonia Braga, a cantora Marisa Monte e também algumas pessoas comuns nesta edição do calendário.

Segundo o fotógrafo, ''a atual situação econômica e os problemas relacionados ao meio ambiente e aos Direitos Humanos'' são fatores que acabaram interferindo na mudança do conteúdo do calendário, que, até o momento, só tinha sido assinado por ícones da fotografia de moda.


Ao longo de sua carreira, McCurry percorreu os seis continentes e mais de uma centena de países, além de ter realizado coberturas em várias regiões de conflito, como o Oriente Médio, os Bálcãs e Ásia Central, onde o fotógrafo tirou suas imagens mais célebres, como a famosa capa da ''National Geographic''.

''É preciso inventar algo extraordinário. Nós, os fotojornalistas, temos que ser criativos independente do meio usado, já que não sabemos o que se passará no futuro. Mas, sem dúvida alguma, é preciso ser exigente'', assegurou.

Durante a entrevista, McCurry também falou sobre o trabalho do espanhol Samuel Aranda, que ganhou seu primeiro prêmio World Press Photo neste ano com uma imagem das revoltas no Iêmen, a qual foi classificada como ''excelente, assombrosa, profunda e muito viva''.

Antes de finalizar, McCurry ainda assegurou que seu próximo ''grande projeto'' será um livro de fotografias sobre a prática do budismo em diferentes países do mundo, mas evitou especificar quando o mesmo será lançado.

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Rio de Janeiro - O fotógrafo americano Steve McCurry, reconhecido mundialmente por ter retratado o drama da guerra através dos olhos verdes de uma menina afegã em um campo de refugiados, avaliou nesta terça-feira com pessimismo a condição do fotojornalismo como profissão, assegurando que é ''mais difícil exercer a profissão hoje do que há 30 anos''.

Em entrevista à Agência Efe no Rio de Janeiro, o renomado fotógrafo, que já foi agraciado com a Medalha de Ouro Robert Capa de melhor reportagem fotográfica e com quatro prêmios World Press Photo, explicou que este é o momento dos fotojornalistas se renovarem para ''encontrar novas formas de contar histórias e, inclusive, de viver''.

''Estamos vivendo um momento de transição. Acho que haverá um futuro bom, mas é preciso trabalhar duro para isso'', assinalou o fotógrafo que em 1984 captou a essência do conflito no Afeganistão através da famosa imagem ''Menina Afegã'', estampada na capa da revista ''National Geographic''.

Aos 62 anos, McCurry volta à tona não por causa do registro de um conflito bélico, mas por ter assinado as imagens do famoso Calendário Pirelli 2013, que, graças a sua visão de ativista, passou a ter um conteúdo mais próximo de um compromisso social, incluindo a seleção das modelos.

Desta forma, McCurry, que nasceu no subúrbio da Filadélfia, nos Estados Unidos, se transformou no primeiro fotógrafo da mítica agência Magnum a realizar o tradicional calendário da marca de pneus.

''Fui convidado, passei minhas condições e me senti cômodo com a realização do projeto. Eles também acataram minha sugestão de selecionar modelos apaixonadas por fazer do mundo um lugar melhor'', declarou McCurry, que fotografou a atriz Sonia Braga, a cantora Marisa Monte e também algumas pessoas comuns nesta edição do calendário.

Segundo o fotógrafo, ''a atual situação econômica e os problemas relacionados ao meio ambiente e aos Direitos Humanos'' são fatores que acabaram interferindo na mudança do conteúdo do calendário, que, até o momento, só tinha sido assinado por ícones da fotografia de moda.


Ao longo de sua carreira, McCurry percorreu os seis continentes e mais de uma centena de países, além de ter realizado coberturas em várias regiões de conflito, como o Oriente Médio, os Bálcãs e Ásia Central, onde o fotógrafo tirou suas imagens mais célebres, como a famosa capa da ''National Geographic''.

''É preciso inventar algo extraordinário. Nós, os fotojornalistas, temos que ser criativos independente do meio usado, já que não sabemos o que se passará no futuro. Mas, sem dúvida alguma, é preciso ser exigente'', assegurou.

Durante a entrevista, McCurry também falou sobre o trabalho do espanhol Samuel Aranda, que ganhou seu primeiro prêmio World Press Photo neste ano com uma imagem das revoltas no Iêmen, a qual foi classificada como ''excelente, assombrosa, profunda e muito viva''.

Antes de finalizar, McCurry ainda assegurou que seu próximo ''grande projeto'' será um livro de fotografias sobre a prática do budismo em diferentes países do mundo, mas evitou especificar quando o mesmo será lançado.

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