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Festivais de música querem acabar com a desigualdade de gênero

Nesta semana, quarenta e seis festivais de música do mundo se comprometeram a aumentar a igualdade entre homens e mulheres em sua programação

Beyoncé: o Coachella, por exemplo, o festival americano mais famoso, tem somente uma mulher, Beyoncé, entre os três "headlines", em abril (Duane Prokop/Getty Images)
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AFP

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 14h52.

Quarenta e seis festivais de música do mundo se comprometeram nesta segunda-feira (26) a aumentar a igualdade de gênero em sua programação antes de 2022, em um momento em que a falta de reconhecimento das mulheres no setor do entretenimento é alvo de debate.

"Espero que seja o começo de uma indústria mais equilibrada que traga benefícios para todos", declarou Vanessa Reed, diretora da PRS Foundation, uma fundação britânica de apoio a iniciativas musicais que lidera a campanha.

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Estes 46 festivais, na Europa e nos Estados Unidos, se comprometeram que seus "headlines", júris e suas comissões estejam compostos por, ao menos, 50% de mulheres.

Oito festivais já haviam feito isto anteriormente, entre eles Iceland Airwaves, Reykjavik Rock and Electro Festival e The Great Escape em Brighton, no Reino Unido.

Trinta e oito festivais se uniram à iniciativa. Na França, integraram a iniciativa o Gilles Peterson's Worldwide Festival de Sète e o Midem, um importante evento anual para a indústria da música. Também se somaram o BBC Proms, um festival de verão de música clássica de Londres, e a A2IM, uma associação americana de música independente em Nova York.

Os festivais no Canadá estão bem representados nesta lista, incluindo a Canadian Music Week em Toronto.

Mas a iniciativa de gênero não inclui muitos dos festivais de música mais famosos, que muitas vezes apresentam apenas homens como "headlines".

O Coachella, por exemplo, o festival americano mais famoso, tem somente uma mulher, Beyoncé, entre os três "headlines", em abril. E nenhuma mulher esteve entre os três principais nomes do Glastonbury em 2017, que é realizado a cada dois anos.

A campanha surge em um contexto em que cada vez mais surgem vozes para denunciar o sexismo institucional na indústria do entretenimento e em outros setores culturais.

Várias mulheres do mundo da música expressaram sua indignação depois que Neil Portnow, presidente da Academia americana de Gravação, que organiza o Grammy, disse que as artistas deveriam "dar um passo à frente" para aumentar sua presença entre os premiados.

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