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Excesso de humildade pode arruinar um ator, diz Uma Thurman

Enterrada viva em "Kill Bill", Uma Thurman continua apostando nas emoções fortes e arriscando em projetos como "Ninfomaníaca"

A atriz Uma Thurman: "coragem sem arrogância: essa é uma boa combinação a descobrir na vida", diz (©AFP/Getty Images / Michael Loccisano)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 13h12.

Milão - Ela foi enterrada viva em "Kill Bill" e esteve a ponto de morrer de overdose em "Pulp Fiction", mas aos 43 anos Uma Thurman continua apostando nas emoções fortes e arriscando em projetos como "Ninfomaníaca", de Lars von Trier, que estreará na Dinamarca no dia de Natal.

Talvez esse amor pelo risco possa explicar uma carreira que também teve fracassos - "Os produtores" e "Uma Mãe em Apuros", por exemplo, com os quais a atriz americana aprendeu a ser "humilde", segundo conta à Agência Efe, mas não muito, porque "o excesso de humildade pode arruinar um ator".

"Coragem sem arrogância: essa é uma boa combinação a descobrir na vida", reflete a atriz em entrevista pela apresentação do calendário Campari de 2014, que ela ilustra.

Vestida com um Versace vermelho espetacular, Thurman recebeu a Efe no hotel Bulgari de Milão, enquanto repassa o menu para encarregar a comida.

Embora o tempo pressione - são cinco minutos por veículo de imprensa - ela se mostra relaxada e diz entre gargalhadas que o relógio ainda não começou a correr.

"Emoções fortes? Ninguém gosta, é que alguns simplesmente não conseguimos evitá-las. Acho que cada um temos a emoção que merecemos na vida", diz a filha de um monge budista com uma modelo sueca.

"O cinema e as histórias são melhores quando há algo que te prende, te faz sentir e pensar... Não demais, mas um pouco", acrescenta.

Com os de 14 e 11 anos da época em que foi casada com Ethan Hawke, Thurman acaba de sair de uma nova licença maternidade - sua terceira filha tem pouco mais de um ano - e pouco a pouco volta ao trabalho.

Seu papel em "Ninfomaníaca", a última provocação de Lars von Trier, é pequeno mas intenso, o de uma mãe que é abandonada por seu marido para ficar com uma jovem ninfomaníaca, segundo descreve a atriz, que não teve dúvidas ao aceitar a proposta do diretor dinamarquês.

"Acho que é um gênio, um autor. Escreve, dirige, é atrevido e provavelmente um pouco louco, e eu sinto simpatia por pessoas assim", reconhece, enquanto volta a explodir em gargalhadas.


"Lars me disse que eu atuo mais em uma só cena que todos os atores de todos os seus filmes anteriores juntos, o que foi sua maneira de me dizer que eu exagerava", brinca sobre a filmagem, que fez em uma só tomada de 25 minutos, "estilo Dogma 95".

"Obviamente, eu joguei a culpa a ele, é como ele escreveu, o quê eu posso fazer?", completa.

Sobre o outro gênio louco que marcou sua carreira, Quentin Tarantino, diz que sua relação é difícil de explicar.

"Estive muito perto dele durante mais de 20 anos. No ano que vem completam-se exatamente 20 anos da estreia de "Pulp Fiction", somos família", resume.

A atriz hesita um pouco ao falar - o próprio Tarantino anunciou - de um possível "Kill Bill: Volume 3" e, embora o projeto não pareça estar entre as atuais prioridades do diretor, Thurman não descarta nada.

"Não sei o que está fazendo agora, mas com ele nunca se sabe. Uma pessoa com uma criatividade tão poderosa, você nunca sabe que histórias vão sair", explica.

Sobre trabalhar novamente com o cineasta, a atriz não pensa duas vezes: "Adoraria voltar a trabalhar com ele de qualquer maneira", diz.

No calendário Campari que está lançando, Thurman veste Versace, Vivienne Westwood, Stella McCartney e Vicky Martín Berrocal, fotografada pelo sul-africano Koto Bolofo.

Não é a primeira vez que a atriz empresta sua imagem a uma marca, pois também posou para Givenchy ou Lancome, entre outras.

"Adoro a moda, é um lado agradável e alegre da expressão cultural", afirma e ao mesmo tempo defende seu lado "político" e ativista.

"A moda é um importante reflexo da ascensão de uma mulher forte", analisa, e se declara partidária de "preservar e nutrir a feminilidade, ao mesmo tempo em que a mulher se torna cada vez mais presente e forte do ponto de vista social".

Entre os projetos que tem considerado, vazou a biografia que Rob Epstein prepara sobre Anita Bryant, a cantora americana que se distinguiu por fazer campanha contra a homossexualidade, mas não é o único.

"Há muitos projetos e ainda não sei qual irá primeiro. Estou trabalhando nisso, em buscar um bom papel", avisa, para a alegria dos fãs.

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Milão - Ela foi enterrada viva em "Kill Bill" e esteve a ponto de morrer de overdose em "Pulp Fiction", mas aos 43 anos Uma Thurman continua apostando nas emoções fortes e arriscando em projetos como "Ninfomaníaca", de Lars von Trier, que estreará na Dinamarca no dia de Natal.

Talvez esse amor pelo risco possa explicar uma carreira que também teve fracassos - "Os produtores" e "Uma Mãe em Apuros", por exemplo, com os quais a atriz americana aprendeu a ser "humilde", segundo conta à Agência Efe, mas não muito, porque "o excesso de humildade pode arruinar um ator".

"Coragem sem arrogância: essa é uma boa combinação a descobrir na vida", reflete a atriz em entrevista pela apresentação do calendário Campari de 2014, que ela ilustra.

Vestida com um Versace vermelho espetacular, Thurman recebeu a Efe no hotel Bulgari de Milão, enquanto repassa o menu para encarregar a comida.

Embora o tempo pressione - são cinco minutos por veículo de imprensa - ela se mostra relaxada e diz entre gargalhadas que o relógio ainda não começou a correr.

"Emoções fortes? Ninguém gosta, é que alguns simplesmente não conseguimos evitá-las. Acho que cada um temos a emoção que merecemos na vida", diz a filha de um monge budista com uma modelo sueca.

"O cinema e as histórias são melhores quando há algo que te prende, te faz sentir e pensar... Não demais, mas um pouco", acrescenta.

Com os de 14 e 11 anos da época em que foi casada com Ethan Hawke, Thurman acaba de sair de uma nova licença maternidade - sua terceira filha tem pouco mais de um ano - e pouco a pouco volta ao trabalho.

Seu papel em "Ninfomaníaca", a última provocação de Lars von Trier, é pequeno mas intenso, o de uma mãe que é abandonada por seu marido para ficar com uma jovem ninfomaníaca, segundo descreve a atriz, que não teve dúvidas ao aceitar a proposta do diretor dinamarquês.

"Acho que é um gênio, um autor. Escreve, dirige, é atrevido e provavelmente um pouco louco, e eu sinto simpatia por pessoas assim", reconhece, enquanto volta a explodir em gargalhadas.


"Lars me disse que eu atuo mais em uma só cena que todos os atores de todos os seus filmes anteriores juntos, o que foi sua maneira de me dizer que eu exagerava", brinca sobre a filmagem, que fez em uma só tomada de 25 minutos, "estilo Dogma 95".

"Obviamente, eu joguei a culpa a ele, é como ele escreveu, o quê eu posso fazer?", completa.

Sobre o outro gênio louco que marcou sua carreira, Quentin Tarantino, diz que sua relação é difícil de explicar.

"Estive muito perto dele durante mais de 20 anos. No ano que vem completam-se exatamente 20 anos da estreia de "Pulp Fiction", somos família", resume.

A atriz hesita um pouco ao falar - o próprio Tarantino anunciou - de um possível "Kill Bill: Volume 3" e, embora o projeto não pareça estar entre as atuais prioridades do diretor, Thurman não descarta nada.

"Não sei o que está fazendo agora, mas com ele nunca se sabe. Uma pessoa com uma criatividade tão poderosa, você nunca sabe que histórias vão sair", explica.

Sobre trabalhar novamente com o cineasta, a atriz não pensa duas vezes: "Adoraria voltar a trabalhar com ele de qualquer maneira", diz.

No calendário Campari que está lançando, Thurman veste Versace, Vivienne Westwood, Stella McCartney e Vicky Martín Berrocal, fotografada pelo sul-africano Koto Bolofo.

Não é a primeira vez que a atriz empresta sua imagem a uma marca, pois também posou para Givenchy ou Lancome, entre outras.

"Adoro a moda, é um lado agradável e alegre da expressão cultural", afirma e ao mesmo tempo defende seu lado "político" e ativista.

"A moda é um importante reflexo da ascensão de uma mulher forte", analisa, e se declara partidária de "preservar e nutrir a feminilidade, ao mesmo tempo em que a mulher se torna cada vez mais presente e forte do ponto de vista social".

Entre os projetos que tem considerado, vazou a biografia que Rob Epstein prepara sobre Anita Bryant, a cantora americana que se distinguiu por fazer campanha contra a homossexualidade, mas não é o único.

"Há muitos projetos e ainda não sei qual irá primeiro. Estou trabalhando nisso, em buscar um bom papel", avisa, para a alegria dos fãs.

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